Thinkstock Fatores externos também colaboram com este aumento da incidência de infarto no inverno |
Você sabia que o frio aumenta o risco de complicações cardiovasculares? A incidência de infartos, por exemplo, aumenta em 30% e AVCs (acidente vascular cerebral) em 20%. Segundo estudos, quando se sente frio o organismo libera substâncias que contraem as artérias para reter mais calor e ajudar o resto do corpo a enfrentar as baixas temperaturas. Em contrapartida, esse mesmo mecanismo aumenta a espessura dos vasos sanguíneos. Isso dificulta a circulação e aumenta consideravelmente o esforço que o coração precisa fazer para bombear sangue.
De acordo com o coordenador do núcleo de cardiologia do Hospital Samaritano de São Paulo, Roberto Cury, fatores externos também colaboram com este aumento da incidência de infarto no inverno. Um deles é diminuição na atividade física durante este período do ano. Vale lembrar também que o consumo de gorduras saturadas e comidas calóricas é maior, descompensando os níveis de colesterol.
— É normal as pessoas reduzirem a prática de exercícios e o sedentarismo é um dos principais fatores de risco para o infarto. A orientação é que mantenham atividade física regular e uma dieta saudável, evitando alimentos gordurosos.
As baixas temperaturas prejudicam principalmente idosos, de acordo com o coordenador do núcleo de neurologia do Hospital Samaritano de São Paulo, Renato Anghinah.
— Pessoas nessa faixa etária podem ter mais complicações porque estão mais susceptíveis ao aumento da pressão arterial e transtornos de coagulação sanguínea, além de mais propensão às infecções típicas do frio, que podem ser fatores desencadeantes de eventos cardiovasculares.
Sinais do infarto
Alguns ataques cardíacos são tão súbitos e intensos que os sintomas são muitas vezes facilmente reconhecidos pela dor intensa, o desmaio, o aperto no coração. Outros são fulminantes, não deixando muitas vezes chances de atitude. Porém, alguns se instalam lentamente, com dor leve ou apenas desconforto que podem ir piorando gradativamente. Frequentemente, essas pessoas demoram a perceber o que está acontecendo. Em alguns casos, há sintomas que podem ser confundidos com de outras doenças. E quanto maior o fator de risco (idade, doenças associadas, sedentarismo, tabagismo), maior a necessidade de excluir, mesmo em sintomas leves, o ataque cardíaco.
Veja a seguir os sinais:
— Dor no peito: a maioria dos casos apresenta dor no peito que dura alguns minutos ou vai e vem. Pode ser como uma pressão desconfortável, dor, aperto ou opressão;
— Dor, desconforto ou dormência em outros locais: braços, costas, pescoço, mandíbula ou estômago
— Falta de ar: mesmo sem dor no peito;
— Outros sinais: sudorese fria, náuseas, vômitos e visão turva
Sinais de AVC
Em alguns casos, alguns destes sintomas acontecem por um curto período de tempo e desaparecem. Isto pode estar relacionado a um ataque isquêmico transitório. Esses ataques são muito importantes, pois sinalizam um risco grande de AVC e devem ser considerados também emergência médica.
Veja abaixo:
— Dormência súbita ou fraqueza da face, braço ou perna, especialmente de um dos lados do corpo;
— Confusão súbita, fala ou compreensão difíceis
— Perda súbita de visão em um ou ambos os olhos;Dificuldade súbita de andar, tonturas, perda de equilíbrio e coordenação;
— Dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente
R7
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