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terça-feira, 13 de maio de 2014

Você sabe praticar sexo oral seguro?

Reprodução
Você sabe praticar sexo oral seguro?
Descubra os cuidados necessários para se prevenir de DSTs e outras doenças
 
O sexo oral é uma prática que envolve muitos tabus. E dúvidas. Precisa fazer com camisinha? O sêmen transmite doenças? Existe alguma preparação ideal? E a lista não para por aí já que a prática é bastante popular.
 
Para alguns é um dos primeiros passos da vida sexual, até mesmo antes do sexo com penetração. Para outros, ele é sinônimo de preliminares. E para muitos deve ser realizado apenas depois que o casal já adquiriu bastante intimidade. Seja como for, ele pode ser um momento bastante prazeroso para o casal.

Tão importante quanto se sentir bem fazendo ou recebendo sexo oral, entretanto, é saber como praticar o ato com segurança para a saúde. Mas, afinal, o que isso quer dizer, já que ele não envolve contato entre os genitais?
 
Confira:
 
1. É possível contrair alguma DST fazendo sexo oral?
Sim
               
Nota: De acordo com a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), todas as DSTs podem ser contraídas ao fazer sexo oral. Por isso, o uso da camisinha é fundamental para se prevenir do vírus HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis, HPV e a gonorreia.
 
2. É possível contrair alguma DST recebendo sexo oral?
Sim
               
Nota: O contato da mucosa da boca com a mucosa genital acontece tanto ao fazer quanto ao receber o sexo oral. Por isso, neste caso também há o risco de transmitir e contrair DSTs. As doenças sexualmente transmissíveis também podem ser transmitidas caso existam feridas bucais e na região genital.
 
3. Recomenda-se alguma preparação especial para o sexo oral?
Uma boa higiene bucal e da região genital
               
Nota: "A única recomendação para quem pratica o sexo oral, além do uso da camisinha, é uma boa higiene bucal e da região genital", aponta a ginecologista Bárbara. Para isso, basta tomar banho diariamente e escovar os dentes após cada refeição. Quanto à depilação, a especialista alerta que não se deve eliminar todos os pelos da região genital. "Eles são protetores e previnem infecções", explica. Por isso, depile apenas o que fica aparente com o uso da roupa íntima e apare o restante, se sentir necessidade.
 
4. Para prevenir DSTs ao fazer sexo oral, o ideal é:
Usar a camisinha desde o início da interação
               
Nota: "A camisinha deve ser usada desde o início do ato sexual", recomenda o infectologista Unaí Tupinambás, da Sociedade Brasileira de Infectologia. Isso porque as DSTs também podem ser transmitidas pelo contato com a mucosa e a pele e não somente pelo sêmen ou secreção vaginal.
 
5. É perigoso engolir o sêmen de um parceiro sem DSTs? 
Não
 
Nota: "Não há qualquer problema em engolir o sêmen, desde que o casal não tenha qualquer DST", afirma o infectologista Unaí.
 
6. O uso da camisinha previne 100% contra todas as DSTs?
Não
                   
Nota: Enquanto o preservativo masculino envolve todo o pênis, a camisinha feminina não envolve toda a vulva. "Assim, nas regiões não protegidas pelo preservativo, o contato direto com a mucosa ou com lesões é capaz de transmitir DSTs", explica a ginecologista Bárbara. Entretanto, se a camisinha for usada corretamente, o risco de transmissão é muito baixo.
 
7. Quem deseja intercalar a penetração com sexo oral deve:
Trocar a camisinha sempre que passar de um para o outro
               
Nota: Segundo a ginecologista Bárbara, o preservativo deve ser usado durante toda a interação sexual e trocado sempre que os parceiros mudarem do sexo oral para a penetração e vice-versa. "Cada região do nosso corpo tem uma flora específica de micro-organismos protetores que podem ser agressivos quando em contato com outras partes do corpo, podendo gerar infecções", aponta.
 
8. Sexo oral favorece infecções urinárias?
Menos do que o sexo vaginal
               
Nota: No caso das mulheres, como a uretra feminina é curta, qualquer interação na área genital pode favorecer a ascensão de bactérias até a bexiga, causando infecção urinária. "Entretanto, como no sexo oral não há tanto atrito quanto na penetração, o risco é menor", diz a ginecologista Bárbara. Mesmo assim, recomenda-se urinar após o ato ou, se possível, tomar um banho.
 
9. Sexo oral no ânus é perigoso?
Não, desde que seja feita uma boa higiene do local
 
Nota: "O sexo oral no ânus pode ser feito sem problemas, desde que a área genital tenha sido higienizada", alerta a ginecologista Bárbara. Segundo ela, doenças orais fecais podem ser transmitidas durante o ato, causando problemas, como a diarreia. Para evitar o problema, use lenços umedecidos ou tome uma ducha após defecar.
 
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