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terça-feira, 13 de maio de 2014

Filhos de pais que fumam têm mais chances de serem fumantes na adolescência

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Foto: Reprodução
Estudo alerta para influência entre gerações pela exposição à nicotina
 
Quanto mais tempo uma criança é exposta a um pai fumante, maior é a probabilidade de ela se tornar fumante ainda na juventude. É o que adverte uma equipe de pesquisadores do Georgetown Lombardi Comprehensive Cancer Center in Pediatrics.
 
O estudo é um dos primeiros a propor uma visão intergeracional prospectiva do impacto do comportamento de um pai sobre o risco de fumar em seus filhos adolescentes. Os resultados sugerem que a interrupção do tabagismo dos pais no início da vida de seus filhos é fundamental para prevenir o hábito na próxima geração.
 
— É difícil dissuadir as crianças de fumar se um ou ambos os pais são fortemente dependentes do cigarro. Também é importante que os pais que fumam saibam que seus filhos podem eleger esse comportamento como modelo, especialmente se um pai é dependente da nicotina — diz o principal autor da pesquisa, Darren Mays.
 
Além disso, ele afirma que a dependência da nicotina é caracterizada por fortes desejos de fumar, o que faz com que o organismo necessite cada vez mais de uma quantidade maior da droga para sentir os mesmos efeitos proporcionados.
 
— Nosso estudo apoia a necessidade de clínicas pediátricas serem vigilantes sobre os hábitos de fumar de seus pacientes e os pais de seus pacientes. Para os pais que querem parar de fumar, a ajuda pode ser fornecida — aponta Raymond Niaura, professor adjunto de oncologia na mesma universidade.
 
— Esta é uma das análises mais abrangentes de risco do tabagismo em adolescentes no que se refere à vida em família. Os resultados de que a exposição à nicotina por parte dos pais é um fator crítico que influencia a transmissão intergeracional são impressionante e preocupantes -, mas eles nos dão uma direção para reduzir essa probabilidade— acrescenta Niaura.
 
Mais de 400 pais e seus filhos adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, foram entrevistados no início do estudo. As crianças ainda foram questionadas mais duas vezes, um ano depois e, em seguida, cinco anos depois.
 
A pesquisa mostra que quanto mais anos uma criança for exposta à nicotina por um dos pais, maior o risco de que, quando adolescente, comece a fumar ou experimentar cigarros.
 
— Acreditamos que a aprendizagem social desempenha um papel importante no hábito de fumar entre as gerações. Se esta é a chave, as crianças também podem aprender com um pai que fuma que é possível — e prudente — parar de fumar— conclui Mays.
 
Zero Hora

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