Foto: Reprodução Evitar picada de mosquitos previne doenças como malária e dengue |
Por Dr. Ralcyon Teixeira
Dengue, febre amarela, malária, filariose, leishmaniose. Você sabia que todas essas doenças são transmitidas por mosquitos? Esses mosquitos funcionam como um vetor, ou seja, é ele que faz a transmissão da doença. Por sermos um país tropical, possuímos uma grande quantidade desses insetos em nosso meio.
A dengue é causada por um vírus e é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O mosquito é pequeno, aproximadamente 0,5 cm de comprimento, preto, com pequenos riscos brancos no dorso, cabeça e pernas. Tem o costume de picar mais durante o dia. A dengue está presente em todos os estados brasileiros e acontece mais no período do verão e começo do outono.
A febre amarela também é causada por um vírus e pode ser transmitida por mais de um mosquito diferente. Em regiões de mata, mosquitos das espécies Haemagogus e Sabethes são os responsáveis pela transmissão da chamada febre amarela silvestre. O Aedes aegypti, mesmo mosquito capaz de transmitir a dengue, também é capaz de transmitir a febre amarela nas cidades, o que chamamos de febre amarela urbana. A transmissão nas cidades está controlada desde 1942, mas existe o risco de voltar a acontecer. Atualmente, a febre amarela tem maior incidência em região de mata fechada, poupando a região da costa brasileira.
A malária é uma doença causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitida por um mosquito que pertence ao gênero Anopheles. Apesar de picar durante todo o dia, o Anopheles tem atividade mais crepuscular, picando com mais intensidade durante o amanhecer e o anoitecer.
A filariose é uma doença causada pelo nematódeo Wuchereria bancrofti que acaba atacando os casos linfáticos das pessoas. É transmitida pelo mosquito Culex quinquefasciatus contaminado por esse parasita.
A leishmaniose é uma doença causada por um protozoário que pode causar tanto uma doença localizada na pele ou uma doença disseminada por todo o corpo. Ela é transmitida por um inseto denominado flebotomíneo, também conhecido popularmente como mosquito palha ou birigui (apesar de biologicamente não pertencer à família dos mosquitos).
Como se prevenir dos mosquitos
- Quando for visitar um lugar repleto de mosquitos, é recomendado o uso de roupas leves e claras
- Mesmo em lugares quentes, use calça e blusa com manga comprida, que podem ou não estar impregnadas com repelentes
- Não use perfume, pois o cheiro adocicado pode atrair mais mosquitos
- Prefira desodorantes sem perfume, sabonetes neutros e xampus sem cheiro
- Se possível, fique em ambientes fechados com tela e com uso de inseticida
- Se for dormir ao ar livre, use mosquiteiros impregnados de repelentes para se proteger
- Evite sair nos horários de maior atividade dos mosquitos, como o amanhecer e anoitecer no caso da malária.
Em relação aos repelentes, diversas marcas com diferentes princípios ativos podem ser usados (DEET, Icaridina, IR3535, Citronela). Atualmente os repelentes feitos a base de icaridina são os mais eficazes disponíveis no mercado.
As regras de uso do repelente são:
- Seja generoso: a tendência é passar menos que o necessário para proteção
- Seja homogêneo: passe por todo o corpo, incluindo nariz, orelha, nuca, tornozelo - áreas que são áreas geralmente esquecidas
- Não use em mucosas, como boca, olhos e dentro do nariz, pois pode causar irritação
- Repasse o repelente conforme a necessidade, principalmente se estiver suando muito ou tiver se banhado
- O repelente deve ser o último a ser colocado na pele. Passe primeiro o protetor solar e depois o repelente
- Se possível, pulverize a face externa da roupa com repelente. Isso também ajuda a evitar picadas de mosquito.
Seguindo essas orientações você reduz muito a chance e ter alguma doença transmitida por mosquitos e consegue fazer uma boa viagem; mas lembre-se, caso se sinta doente após uma viagem, procure rapidamente uma avaliação médica.
Minha Vida
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