Thinkstock Cerca de 10% das crianças abaixo de quatro anos precisam de óculos |
De acordo com a oftalmologista Erika Silvino Rodrigues, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, a avaliação inicial é feita logo após o nascimento, por meio do chamado teste do olhinho. Com ele, é possível ver se há algum obstáculo ou alguma opacidade que impeça a entrada de luz no olho. O teste do olhinho pode identificar problemas como catarata congênita, cicatriz na córnea e até mesmo tumores.
— Crianças prematuras com peso inferior a 1,5 kg ou que necessitaram de oxigênio após o nascimento e filhos de mães que tiveram problemas de infecção durante a gestação, precisam fazer exame detalhado da retina (mapeamento de retina), pois há risco de comprometimento da visão durante a formação.
Até os seis meses, é comum o olho da criança tremer esporadicamente, assim como entortar. Isso porque, nessa idade, a musculatura do olho ainda não está bem desenvolvida.
— No entanto, se o tremor for constante ou olhinho ficar sempre torto, os pais devem procurar um especialista.
Além disso, dores de cabeça, vermelhidão nos olhos e o ato de franzir a testa podem ser outros sintomas para sinalizar anormalidades na visão de crianças. Cerca de 10% delas com menos de quatro anos necessitam de óculos. De acordo com dados recentes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o número chega a 20% entre crianças até 10 anos e 30% para o grupo de adolescentes.
Ainda de acordo com a oftalmologista, a falta de interesse dos pequenos por algumas atividades pode ser sinal de algum distúrbio visual. Ao detectar esses sintomas, é possível evitar problemas no desempenho escolar da criança.
Por isso, pais e professores devem ficar atentos. Os principais problemas visuais em idade escolar são miopia, hipermetropia e astigmatismo, conhecidos como erros de refração que podem ser corrigidos com o uso de óculos.
Caso o pequeno necessite do uso de óculos, as visitas ao oftalmologista devem ser feitas entre seis e 12 meses, seguindo sempre a orientação médica.
R7
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