Evitar uso de fórceps e lacerações do esfíncter anal pode reduzir incidência do problema
Foto: Reprodução Incontinência urinária pode ter relação com gravidez e parto |
Por Dr. Fábio Laginha
A incontinência urinária (IU), que é a perda de urina de forma involuntária, é o sintoma mais conhecido dos Distúrbios do Assoalho Pélvico (DAP). O assoalho pélvico consiste nas estruturas (ossos, músculos, fáscias, ligamentos e órgãos) que dão suporte às vísceras de uma forma dinâmica, para manter a continência urinaria e fecal e seu esvaziamento, quando necessário, além de participar da resposta sexual normal.
A posição bípede, falta de exercícios, trabalho e postura (antigamente as mulheres trabalhavam, urinavam e evacuavam com a postura de cócoras) faz com que a musculatura fique mais flácida e disfuncional.
Estudos mostram que de 25% a 30% das mulheres apresentam algum tipo de Distúrbio do Assoalho Pélvico (DAP): Incontinência Urinária, prolapsos dos órgãos pélvicos (bexiga, reto ou intestino), Incontinência Fecal (IF) ou Síndrome da Bexiga Hiperativa (BA). Esses sintomas estão associados em mais de 70% dos casos.
Metade das pacientes com o problema tem mais de 80 anos, e com o aumento da expectativa de vida é esperado um aumento do número de pacientes até o ano de 2050. Isso tem um imenso impacto na qualidade de vida, custo emocional e assistencial. Em 1997, mais de 250 mil mulheres nos EUA foram submetidas a cirurgias de correção de prolapso, sendo uma das indicações mais comuns de cirurgias em mulheres. A grande dúvida é qual o papel da gestação e parto normal na gênese deste problema.
Estudos mostram que de 25% a 30% das mulheres apresentam algum tipo de Distúrbio do Assoalho Pélvico (DAP): Incontinência Urinária, prolapsos dos órgãos pélvicos (bexiga, reto ou intestino), Incontinência Fecal (IF) ou Síndrome da Bexiga Hiperativa (BA). Esses sintomas estão associados em mais de 70% dos casos.
Metade das pacientes com o problema tem mais de 80 anos, e com o aumento da expectativa de vida é esperado um aumento do número de pacientes até o ano de 2050. Isso tem um imenso impacto na qualidade de vida, custo emocional e assistencial. Em 1997, mais de 250 mil mulheres nos EUA foram submetidas a cirurgias de correção de prolapso, sendo uma das indicações mais comuns de cirurgias em mulheres. A grande dúvida é qual o papel da gestação e parto normal na gênese deste problema.
Observamos que o DAP tem mais chances de acontecer em mulheres que fizeram parto normal e fórceps, ao passo que as chances da incontinência urinária acontecer são menores naquelas que nunca engravidaram ou não fizeram parto normal, em uma proporção de 3:1.
O momento antes do nascimento, em que a cabeça do feto roda para a sua expulsão, é crucial. É quando pode acontecer estiramento, necrose e denervação muscular. A capacidade de elasticidade e recuperação das lesões depende de cada pessoa, por isso a dificuldade de se mensurar previamente.
Algumas mulheres, por exemplo, têm alterações na composição do colágeno e podem apresentar prolapsos mesmo sem nunca terem engravidado - dessa forma, não podemos dizer que a gravidez e o parto são causas exclusivas da incontinência urinária.
Algumas mulheres, por exemplo, têm alterações na composição do colágeno e podem apresentar prolapsos mesmo sem nunca terem engravidado - dessa forma, não podemos dizer que a gravidez e o parto são causas exclusivas da incontinência urinária.
O peso fetal está intimamente relacionado ao risco, assim como a idade materna acima de 30 anos, que dobra o risco de desenvolver DAP e de forma mais grave. O peso do bebê pode afetar o funcionamento do assoalho, bem como obrigar a mulher a fazer mais força durante o parto, aumentando o risco de incontinência. Já a idade avançada pode comprometer a capacidade de recuperação da pele e sua elasticidade.
Para minimizarmos este problema, podemos atuar abreviando o período expulsivo, evitando o uso de fórceps e de lacerações do esfíncter anal.
Fisioterapias especializadas, cirurgias para a correção e medicamentos melhoram muito a qualidade de vida das pacientes, com uma taxa grande de recuperação. Ainda precisamos saber qual a paciente de maior risco para tentarmos diminuir a incidência deste problema tão pouco discutido e que muitas mulheres sofrem caladas sem saberem que existe tratamento.
Minha Vida
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