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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Exercício aumenta diversidade de bactérias no intestino, o que combate obesidade

Thinkstock/Getty Images
Pessoas que fazem muito exercício físico têm mais bactérias no
 estômago
Maior diversidade tem sido associada com uma resposta metabólica favorável de perfil e sistema imunológico
 
A prática de exercícios é boa para promover a saúde e reduzir os riscos de obesidade. Agora, cientistas descobriram que a atividade física é determinante para aumentar a diversidade de bactérias no intestino. A variedade reduzida de bactérias tem sido associada à obesidade e a outros problemas de saúde, enquanto maior diversidade tem sido relacionada com uma resposta metabólica favorável de perfil e sistema imunológico.
 
A descoberta pode ter implicações no longo prazo para a saúde em todo o planeta. “Os resultados indicam que o exercício é outro fator importante na relação entre microbiota, imunidade do hospedeiro, metabolismo do hospedeiro, e também como a dieta desempenha um papel importante", concluem os autores.
 
Os pesquisadores da University College Cork , na Irlanda, analisaram amostras de sangue e de fezes de 40 jogadores de rugby profissionais para avaliar o alcance da microbiota que estavam hospedando no intestino. Os resultados foram comparados com as amostras de 46 homens saudáveis que não eram atletas profissionais, mas que tinham o mesmo tamanho físico e idade dos jogadores de rugby.
 
Metade dos não atletas tinha índice de massa corporal (IMC) normal, 25 ou menos, e a outra metade tinham o IMC elevado, mais de 28.
 
Todos os participantes do estudo completaram um questionário de freqüência alimentar, detalhando quanto e quantas vezes eles comeram 187 itens alimentares nas quatro semanas anteriores. Eles também responderam sobre a frequência de exercícios físicos.
 
Apesar de ter níveis significativamente mais elevados de creatina quinase, uma enzima que indica danos musculares, os atletas tinham menores níveis de marcadores inflamatórios que qualquer dos homens no grupo de comparação. Eles também tinham um melhor perfil metabólico do que os homens com IMC alto.
 
Os atletas tinham uma maior diversidade da microbiota do que os homens no grupo de comparação, particularmente aqueles com um IMC elevado. Particularmente, eles tinham muito maiores proporções de Akkermansiaceae, uma espécie de bactéria conhecida por reduzir as taxas de obesidade e distúrbios metabólicos associados.
 
A análise dos hábitos alimentares de todos os participantes do estudo mostrou que os jogadores de rugby comeram mais de todos os grupos de alimentos. As proteínas contabilizadas representavam mais do consumo de energia 22% do que no grupo de não atletas (de 15% a 16%).
 
Em um editorial no periódico científico Gut, Georgina Hold, do Instituto de ciências médicas, Universidade de Aberdeen, na Escócia, ressalta que o intestino é colonizado por trilhões de bactérias, cuja composição tem sido relacionada a muitas condições e também é conhecida por determinar quanto de energia é colhida do alimento ingerido.
 
"O entendimento sobre a complexa relação entre o que escolhemos comer, os níveis de atividade e microbiota do intestino é essencial", escreveu. "Como a expectativa de vida continua a aumentar, é importante entender como é possível manter uma boa saúde. E nunca foi tão importante a relação com a microbiota residente no intestino”, concluiu.

iG

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