Foto: Reprodução |
Uma nova pesquisa comprovou que maiores níveis de escolaridade e a
prática de atividades intelectuais, como leitura e aulas de música ou
pintura, protegem a cognição e podem retardar o surgimento de problemas
de memória em quase uma década.
O estudo, realizado na Clínica Mayo, nos Estados Unidos, acompanhou
cerca de 2 000 indivíduos de 70 a 89 anos que não tinham demência. Parte
deles, no entanto, apresentava comprometimento cognitivo leve. Esse
problema está entre o declínio cognitivo que acontece naturalmente com o
envelhecimento e o diagnóstico de demência, como o Alzheimer.
Os participantes responderam a questionários sobre seus níveis de
escolaridade e a prática de atividades cognitivas e intelectuais no ano
anterior e quando estavam na faixa dos 50 anos. Eles também foram
submetidos a testes que avaliam aspectos da cognição, como memória,
linguagem e atenção.
Segundo os resultados, os idosos que tinham maiores níveis de
escolaridade apresentaram uma cognição melhor do que os que estudaram
durante menos tempo. Os pesquisadores concluíram que estudar por mais
tempo e praticar atividades intelectuais pode retardar em até nove anos o
surgimento de comprometimento cognitivo, inclusive em pessoas que
carregam o gene APOE4, conhecido por aumentar o risco de Alzheimer.
“Atividades intelectuais realizadas durante a vida podem retardar o
comprometimento cognitivo e prevenir a epidemia de demência que
vivemos”, escreveram os autores no artigo, publicado nesta segunda-feira
na revista médica Jama Neurology.
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário