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sábado, 26 de julho de 2014

80% dos aplicativos de saúde não têm o efeito desejado

www.gestaodelogisticahospitalar.blogspot.com
Divulgação - Pesquisa mostra que somente 20% dos aplicativos possuem
interações e informações direcionadas para o usuário
Levantamento mostra que falta multifuncionalidade e especialistas pedem controle do governo 

Utilizados frequentemente nos dias atuais, a maioria dos aplicativos de saúde possui quase nenhuma efetividade. Segundo relatório da empresa de consultoria IMS, 80% dos aplicativos de saúde tem multifuncionalidade deficiente e somente transporta informações que estão em livros para as telas de celulares. O levantamento mostra que grande parte possui poucos downloads e são criados por pequenas empresas que não constroem instrumentos para interatividade. 

Atualmente, existem mais de 100 mil aplicativos no setor de saúde nas lojas virtuais da Apple e do Google. Um número que mostra uma oferta muito grande para uma indústria que era inexistente até poucos anos atrás e que cresce com três dígitos percentuais por ano. 

O processo é similar com o que aconteceu há cerca de 15 anos atrás quando surgiram diversos sites de saúde, muitos deles com pouca qualidade.

Apontando para a mesma direção, a revista científica The New England Journal of Medicine publicou um artigo declarando que os aplicativos deveriam ser regulados por agências governamentais. O motivo seria o perigo que o instrumento pode causar se passar orientações erradas e os ganhos públicos que podem ser extraídos caso sejam bem administrados. 

Até agora a principal agência que regula medicamentos e alimentos, a FDA dos Estados Unidos, controla apenas aplicativos médicos que são usados para medir glicose, pressão arterial ou qualquer outro parâmetro que possa ser transmitido pelo celular. Entretanto, aplicativos de algoritmos, software ou com informações clínicas não possuem vigilância. 

Especialista da Universidade de Harvard, autores do artigo cientifico, afirmam que é necessário também vistoriar estes aplicativos. 

Os pesquisadores afirmam que regular os dispositivos é complexo, caro e tem riscos de frear a produção de novos apps mas que é necessário mostrar que a maioria dos aplicativos não possuem solidez suficiente. 

O Globo

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