Divulgação - Pesquisa mostra que somente 20% dos aplicativos possuem
interações e informações direcionadas para o usuário
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Utilizados frequentemente nos dias atuais, a maioria dos aplicativos
de saúde possui quase nenhuma efetividade. Segundo relatório da empresa
de consultoria IMS, 80% dos aplicativos de saúde tem multifuncionalidade
deficiente e somente transporta informações que estão em livros para as
telas de celulares. O levantamento mostra que grande parte possui
poucos downloads e são criados por pequenas empresas que não constroem
instrumentos para interatividade.
Atualmente, existem mais de 100
mil aplicativos no setor de saúde nas lojas virtuais da Apple e do
Google. Um número que mostra uma oferta muito grande para uma indústria
que era inexistente até poucos anos atrás e que cresce com três dígitos
percentuais por ano.
O processo é similar com o que aconteceu há
cerca de 15 anos atrás quando surgiram diversos sites de saúde, muitos
deles com pouca qualidade.
Apontando para a mesma direção, a
revista científica The New England Journal of Medicine publicou um
artigo declarando que os aplicativos deveriam ser regulados por agências
governamentais. O motivo seria o perigo que o instrumento pode causar
se passar orientações erradas e os ganhos públicos que podem ser
extraídos caso sejam bem administrados.
Até agora a principal
agência que regula medicamentos e alimentos, a FDA dos Estados Unidos,
controla apenas aplicativos médicos que são usados para medir glicose,
pressão arterial ou qualquer outro parâmetro que possa ser transmitido
pelo celular. Entretanto, aplicativos de algoritmos, software ou com
informações clínicas não possuem vigilância.
Especialista da
Universidade de Harvard, autores do artigo cientifico, afirmam que é
necessário também vistoriar estes aplicativos.
Os pesquisadores afirmam
que regular os dispositivos é complexo, caro e tem riscos de frear a
produção de novos apps mas que é necessário mostrar que a maioria dos
aplicativos não possuem solidez suficiente.
O Globo
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