A hepatite é uma doença que mata quase tanto quanto a Aids, com 1,4
milhão de mortos a cada ano, anunciaram nesta quinta-feira, em Genebra,
vários especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Por ocasião
do Dia Mundial contra a Hepatite, celebrado em 28 de julho, os
especialistas afirmaram que esta doença, que pode causar câncer, pode
ser combatida. Um total de 1,5 milhão de pessoas morreram em
consequência da Aids em 2013.
Do 1,4 milhão de pessoas mortas
pela doença, 90% tinham contraído hepatite B e C, responsáveis por dois
terços dos cânceres de fígado no mundo. "A melhor forma de prevenção
contra o câncer de fígado ou as cirroses hepáticas é a prevenção e o
tratamento da hepatite viral", declarou o professor Samuel So, cirurgião
e professor da Universidade de Stanford (Califórnia). "Se agirem assim,
salvarão muitas vidas e, ao mesmo tempo, economizarão muitos custos
sanitários", declarou à imprensa em Genebra.
Com este objetivo,
Samuel So, acompanhado de especialistas da OMS, defendeu um reforço dos
testes que detectam a doença, levando em conta que estima-se em 500
milhões o número de pessoas portadoras do vírus da hepatite, mas muitas
delas não o sabem.
Segundo o doutor Stefan Wiktor, encarregado do
programa de luta contra a hepatite na OMS, há novos tratamentos contra a
doença, com um índice de cura de 95%, o que representa uma "revolução
terapêutica".
AFP
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