Foto: Reprodução - Na América Latina, dez novas infecções por HIV são registradas a cada hora |
Relatório divulgado nesta quarta (16) pelo Programa
Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids(Unaids) indica que as novas
infecções por HIV no Brasil aumentaram 11% entre 2005 e 2013. No mesmo
período, no mundo todo, os casos diminuiram 38%.
No ano passado, o
Brasil registrou 47% de todos os novos casos contabilizados na América
Latina. A estimativa do Unaids é que 1,6 milhão de pessoas vivem com HIV
na região. A maioria dos casos (75%) se concentra em cinco países –
Argentina, Brasil, Colômbia, México e Venezuela.
Nesses
oito anos, a América Latina registrou queda de 3%, mas os índices
variam de país para país. O México, por exemplo, registrou queda de 39% e
o Peru, de 26%.
O cálculo é que, na região, dez novas infecções
por HIV são registradas a cada hora. Os grupos particularmente
vulneráveis incluem transgêneros; homens gays; homens que fazem sexo com homens; homens e mulheres que atuam como profissionais do sexo e seus clientes; e usuários de drogas.
Os
dados mostram ainda que aproximadamente um terço das novas infecções na
América Latina ocorre em pessoas jovens, com idade entre 15 anos e 24
anos. “Populações mais vulneráveis enfrentam altos níveis de estigma,
discriminação e violência, que criam obstáculos no acesso à prevenção da
doença, ao tratamento, ao cuidado e aos serviços de apoio”, informou o
Unaids.
Cobertura antirretroviral
O órgão destacou, entretanto, que a América Latina continua a ser a região com a maior cobertura antirretroviral do mundo
– aproximadamente 45% dos 1,6 milhão de pessoas com HIV que têm acesso à
terapia. Novamente, os índices variam de país para país. Brasil, Chile,
El Salvador, México, Peru e Venezuela registram mais de 40% de
cobertura, enquanto o tratamento na Bolívia alcança menos de 20% das
pessoas infectadas.
O relatório ressaltou também que Brasil e Panamá alteraram recentemente o protocolo de atendimento para soropositivos, possibilitando que todas as pessoas com HIV, independentemente da carga viral do paciente.
Agência Brasil
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