Nanoscale: Minúsculas particulas de ouro podem aumentar eficácia de quimioterapia
contra câncer no cérebro
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Rio - Uma pesquisa publicada na revista "Nanoscale" mostrou que
minúsculas partículas do metal, quando inseridas no cérebro, podem
eliminar células cancerígenas que atacam o órgão.
A descoberta pode dar uma contribuição substancial para o tratamento
de câncer no cérebro, chamado de glioblastoma multiforme. Embora existam
tratamentos para a doença, todos têm uma eficácia limitada, onde grande
parte dos pacientes morre dentro de cinco anos após o diagnóstico.
Na
busca de uma solução mais efetiva, cientistas da Universidade de
Northwestern criaram nanoesferas de ouro, revestidas por camadas de
cisplatina, uma das drogas indicadas para a quimioterapia. As partículas
são quatro milhões de vezes menor do que uma secção transversal de um
fio de cabelo humano.
Em experimentos com amostras de tumores
humanos, extraídos durante cirurgia, as esferas demonstraram aumentar a
eficácia da radioterapia convencional e quimioterapia, elevando as
chances de que todas as células tumorais fossem mortas. A terapia
conseguiu provocar a ruptura do material genético (DNA) dentro do
câncer. Vinte dias depois, não houve registros de células cancerígenas
nas amostras tratadas.
Os pesquisadores comemoraram o resultado,
mas ressaltaram que o experimento exige ainda mais testes antes que
pudesse ser considerado como parte do tratamento padrão contra o
glioblastoma multiforme. Eles esperam começar os testes em humanos em
2016 e estamos trabalhando em experimentos iniciais que envolvem outros
tipos de tumor.
O Globo
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