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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Vacina contra herpes zóster também pode evitar o AVC, aponta pesquisa

Herpes Zóster
Benefício do medicamento foi constatado em pesquisa envolvendo 12 mil pacientes 

Rio - Cientistas descobriram mais um motivo para tomar a vacina contra o herpes zóster. Além de evitar a doença e as fortes dores inerentes ao mal, o imunizante pode reduzir as chances de o paciente ter um acidente vascular cerebral (AVC). Uma outra boa notícia relativa a imunização é que a vacina contra a meningite B chegará ao Brasil no ano que vem.

O risco de AVC aumenta após o surgimento do herpes zóster. A relação entre os dois problemas foi encontrada num estudo da London School of Hygiene e Tropical Medicine, com quase 12 mil pessoas. Os principais afetados pelo AVC foram os pacientes que apresentaram os sinais de zóster próximo aos olhos e nos nervos trigêmeos, também localizados na face, e não receberam tratamento específico. O herpes zóster também pode se manifestar na costela.

O AVC pode ser provocado pelo deslocamento do vírus nas terminações nervosas ou devido a alguma inflamação decorrente da doença. Nesse caso, ocorrem alterações nos vasos sanguíneos e o risco de surgimento de trombos.

“A relação do AVC com a manifestação do herpes facial ou oftalmológico pode ser a proximidade com o cérebro”, explica Rosana Richtmanm, membro da Comissão Técnica para Revisão dos Calendários Vacinais e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizaões (SBIm). “Hoje sabemos que pessoas vacinadas contra gripe e pneumonia têm menos risco de infarto do miocárdio”, acrescenta.

Ainda segundo a pesquisa, o risco do AVC é elevado, principalmente nos seis meses após a manifestação do herpes. Nos três primeiros, a incidência é cinco vezes maior.

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O que é o Herpes Zóster
A vacina contra herpes zóster é oferecida na rede privada com indicação para pessoas a partir dos 50 anos que já tiveram varicela (catapora) em algum momento da vida. A doença consiste na reativação do vírus da varicela e afeta em especial idosos. Uma das consequências são as fortíssimas dores, que podem durar até um ano. O tratamento é feito com antivirais e a resposta do paciente é melhor quando o diagnóstico é precoce.

O tema será debatido na 16ª Jornada Nacional de Imunizações SBIm, no Rio até sábado. Também serão divulgados os serviços dos Centros de Referência em Imunobiológicos, do Ministério da Saúde. Eles oferecem vacinas a públicos específicos, como transplantados e portadores de doenças hepáticas, mesmo que não estejam na faixa etária coberta pelo SUS.

Meningite B: Brasil vai ter imunizante
No primeiro semestre de 2015, clínicas privadas do Brasil deverão receber a vacina contra meningite B, segundo a presidente da Jornada Nacional de Imunizações, Isabella Ballalai. O imunizante será voltado para crianças e adolescentes.

Atualmente, há no país doses para as meningites causadas pelos meningococos A, C, W e Y. A meningite do tipo B corresponde a 20% dos casos no Brasil. A campeã é a C, com 70%.

A doença consiste na inflamação das meninges (uma das membranas que revestem o cérebro) e atinge especialmente crianças de até 5 anos. Apesar de ter tratamento, um a cada cinco infectados morre pela doença. Além disso, segundo a SBIm, entre os sobreviventes, até 20% ficam com sequelas como problemas neurológicos, membros amputados ou surdez.

“Os números deixam clara a importância de evitar o problema em vez de remediá-lo”, diz Ballalai.

O Dia

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