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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Remédio para tudo, mas com cuidados. Conheça os tipos mais comuns de medicamentos

Mesmo os medicamentos mais comuns devem ter recomendação médica ou farmacêutica
 
Xarope, injeção, cápsulas, comprimidos dispersíveis. Opções de medicamentos é o que não faltam nas farmácias, o que pode deixar qualquer pessoa em dúvida, na hora de comprar o medicamento. Mas são poucos os que podem ser tomados por conta própria. Pelo contrário, podem até criar outros problemas para a saúde se não forem consumidos da maneira correta.
 
Segundo o farmacêutico do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), de Curitiba, Rafael Lagher, não se deve tomar nenhum medicamento sem orientação de um médico ou do farmacêutico. A automedicação pode ser muito prejudicial e muitas vezes os danos causados pelo uso incorreto podem ser silenciosos. “Temos um exemplo clássico dos analgésicos, medicamento de venda livre em farmácias, que se usados indiscriminadamente, podem causar danos hepáticos graves”, orienta.
 
Para quem tem alergia, é essencial também saber tudo o que pode ter dentro do remédio. Por exemplo, leite, clara de ovo, café e corantes são substâncias extremamente comuns nos medicamentos e, caso um alérgico consuma esse produto, pode ter um problema ainda maior do que já tem. Em algumas situações, os medicamentos também interagem com alimentos. Essas interações podem comprometer seriamente o tratamento, potencializando reações adversas ou diminuindo os efeitos terapêuticos.
 
Como tomar — A água é o líquido mais indicado pelos médicos, pois não interfere na ação do medicamento. “Em alguns casos, pode ser ingerido com suco de frutas e leite, porém é preciso ter cautela, pois a presença de substâncias naturais, pode inativar o medicamento”, afirma o farmacêutico.
 
Em outras situações, para evitar o desconforto gastrointestinal, recomenda-se a ingestão com alimentos. “Isso vai depender da apresentação e característica de cada medicamento, alguns tem sua absorção melhorada com estômago cheio e outros precisam ser tomados em jejum”, destaca o especialista.
 
Tomar medicamentos com chá, também não é recomendado, pois muitas ervas possuem ação de inibição ou potencialização dos efeitos dos medicamentos. “ Chás de valeriana, erva de são joão, kawa-kawa, podem provocar sedação excessiva”, explica o farmacêutico. O uso com álcool também não é recomendado.
 
Alguns medicamentos podem ainda, interagir inativando ou potencializando o efeito um do outro. “Nesses casos em que o paciente realmente necessita dos dois medicamentos e se identifica uma interação entre eles, recomenda-se o espaçamento da dose”, orienta o especialista. Portanto é muito importante se informar sobre a utilização correta do medicamento com o médico ou farmacêutico.
 
Como o medicamento age no organismo
Quando um medicamento é ingerido, ele vai para o estômago e se não tiver uma cápsula protetora para conter as enzimas, parte do princípio ativo do remédio já será absorvida no estômago, entrando na corrente sanguínea. Do estômago vai para o intestino, onde ocorre a maior parte da absorção do princípio ativo, devido ao grande número de vasos sanguíneos. Uma vez dentro de um vaso sanguíneo, o princípio ativo do remédio começa a circular pelas artérias e veias do organismo, responsáveis por levar a substância química do remédio até o exato ponto onde ela precisa agir.
 
O segredo do remédio é que ele só entra em ação quando seu princípio ativo interage com moléculas do corpo chamadas de receptores. Como cada órgão tem receptores específicos, o medicamento só age quando seu princípio ativo encontra moléculas que se “encaixem” perfeitamente com sua fórmula química. “Beta bloqueadores, tem ação específica em células cardíacas, antiinflamatórios tem ação específica na inibição de enzimas responsáveis pela inflamação, antibióticos vão ter ação sobre os agentes causadores da infecção”, explica o o farmacêutico do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), de Curitiba, Rafael Lagher.
 
O alívio dos sintomas, varia de acordo com cada indicação do medicamento. Existem os injetáveis, que possuem ação mais rápida, pois são colocados diretamente na corrente sanguínea, ao contrário dos usados via oral, em que o medicamento precisa primeiro passar pela etapa de absorção para depois agir na corrente sanguínea e ter a sua ação. “É o caso de antibióticos, que possuem tempo dependente para matar as bactérias causadoras da infecção, já por exemplo o medicamento sublingual, possui mecanismos de absorção e distribuição pelo corpo mais acelerada”, diz o farmacêutico do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), de Curitiba, Rafael Lagher.
 
Tipos mais comuns de medicamentos
 
Comprimidos: Geralmente usado por adultos, e a forma mais utilizada, em que o trato gastrointestinal esteja íntegro
 
Drágeas: A diferença de apresentação para o comprimido é que a drágea parece um confete e essa “casquinha” é responsável por proteger a substância ativa ao ataque do suco gástrico (HCL) do estômago para ser absorvido somente no intestino
 
Comprimidos de liberação prolongada: Utilizado quando se deseja obter uma ação mais longa do medicamento no organismo. Essa apresentação libera a substância ativa no organismo gradualmente, e o medicamento age no sangue por mais tempo
 
Cápsulas: Essa apresentação é usada para algumas formas farmacêuticas que precisam ser absorvidas diretamente no estômago pois possuem invólucro feito de gelatina que “derrete” com calor e ação do suco gástrico
 
Xaropes: Usado geralmente por crianças e idosos quando a deglutição está comprometida ou ineficiente
 
Soluções orais: O efeito é mais rápido também nesse tipo de apresentação quando comparado ao tempo de absorção de medicamentos em formas farmacêuticas sólidas
 
Comprimidos dispersíveis: Utilizados com água e posteriormente ingeridos, isso se faz necessário para se aumentar a área de absorção do medicamento
 
Granulados: Usados geralmente para ação local. Um exemplo clássico, são os antiácidos efervescentes onde o bicarbonato de sódio tem ação de neutralizar através de uma reação ácido base o ácido clorídrico do estômago
 
Soluções injetáveis: A grande maioria das soluções injetáveis são usadas em ambiente hospitalar onde pacientes precisam da ação do medicamento mais rápida ou em muitos casos a própria apresentação do medicamento exige que ele seja feito injetável
 
Suspensões injetáveis: São feitas geralmente por via intramuscular por uma necessidade de apresentação, pois não são solúveis em água ou outro veículo específico
 
Cremes e Pomadas: A diferença da apresentação pomada para creme é a composição, onde a pomada é indicada para formar um filme oleoso protetor para a pele e o creme é uma apresentação mais líquida. A escolha vai depender do tipo de ferida que o paciente apresenta geralmente
 
Colírios: Apresentações com indicação oftálmica, geralmente usados para tratamento ou preparação para exames
 
Bem Paraná

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