Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Pacientes com Aids podem fazer plástica gratuita pelo SUS

Distúrbio pode fazer pacientes pararem de tomar os medicamentos
 
Na data de hoje é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Atualmente considerada quase como uma doença crônica, a Aids não representa mais uma sentença de morte para os portadores que fazem o tratamento corretamente. Os medicamentos já conseguem garantir uma boa qualidade de vida aos pacientes, mas têm efeitos colaterais.  
 
Um dos mais importantes é a lipodistrofia. “O distúrbio causa uma alteração na distribuição da gordura corporal”, explica a cirurgiã plástica Daniela Pinho, especialista pelo Hospital Heliópolis, em São Paulo, referência em cirurgia plástica reparadora para portadores de HIV com lipodistrofia.
 
Por cerca de dez anos, a educadora M. A. S.*, 44, conviveu com as alterações corporais. Ela começou a tomar os antirretrovirais em 2001 e conta que, um ano depois, seu corpo já havia mudado. “As pernas afinaram muito e o bumbum sumiu todo. Eu não conseguia nem usar calça jeans, porque ela ficava sobrando. As pessoas começaram a reparar, e eu tinha que ficar procurando roupas que disfarçassem. Só usava vestidos e saias rodadas”, diz. Por outro lado, ela sofreu um acúmulo de gordura no abdômen.
 
Mas há cerca de dois anos, M. fez uma abdominoplastia e um implante de silicone nos glúteos. “Hoje eu estou com um corpão”, comemora.
 
Democrático. A cirurgia reparadora para soropositivos com lipodistrofia faz parte dos procedimentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2004. Além de melhorar a autoestima dos pacientes, a cirurgia contribui para uma maior adesão ao tratamento para a Aids. “Em algumas pessoas, o distúrbio é tão importante que elas deixam de tomar os remédios. E aí, o vírus pode ficar mais resistente, aumenta a carga viral no sangue, sem falar que a pessoa morre se não tomar os medicamentos”, alerta a médica Daniela.
 
Segundo uma nota da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, a cidade ainda não realiza esse tipo de cirurgia. Mas essa solução está a caminho. “O Hospital Eduardo de Menezes (FHEMIG) encontra-se em processo de credenciamento junto ao Ministério da Saúde”, informou o texto.
 
Há uma lista de requisitos a serem preenchidos para o paciente poder passar pela plástica reparadora. Assim, o primeiro passo para quem está interessado no procedimento é procurar seu infectologista para a busca de orientações.
 
*Nome ocultado a pedido da entrevistada.
 
Flash
 
Região
O Sudeste é a região com maior número de casos da doença (56%). Mas, de 2001 a 2011, o Ministério da Saúde registrou uma queda na taxa de incidência de 22,9 para 21 casos para cada 100 mil habitantes.
 
O Tempo

Nenhum comentário:

Postar um comentário