Uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores é que um ambiente mais estimulante ajuda a construir uma "reserva cognitiva"
Pessoas com empregos que exigem maior esforço mental podem ter melhor memória na velhice, sugere pesquisa feita pela Heriot-Watt University, no Reino Unido, e publicada na revista Neurology.
O estudo foi feito com mais de mil escoceses a partir dos 70 anos. Entre as conclusões, está a descoberta de que aqueles a exercer trabalhos complexos tiveram melhor pontuação em testes de memória.
Uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores é que um ambiente mais estimulante ajuda a construir uma "reserva cognitiva" que ajuda a proteger o cérebro do envelhecimento. A equipe planeja realizar outros estudos para verificar como estilo de vida e trabalho interagem para afetar a memória.
Os participantes fizeram testes para avaliar a memória, a velocidade de processamento e a capacidade de raciocínio geral. Eles também tiveram de preencher um questionário sobre a vida profissional.
A análise mostrou que quem tinha trabalhos que exigiam habilidades complexas em lidar com dados ou pessoas teve melhores pontuações nos testes de memória e raciocínio do que aqueles que tinham profissões com menos atividade mental, como operários e encadernadores.
— É importante notar que este estudo aponta para uma pequena e sutil associação entre a ocupação e a cognição na velhice em vez de oferecer a prova de que a ocupação das pessoas tem uma influência direta — explica o pesquisador Alan Gow.
Zero Hora
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