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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Estudo comprova que a dependência em smartphones é prejudicial à saúde

Pode levar a alterações dos batimentos cardíacos e aumento da pressão arterial
 
Rio - ‘Sem o celular, eu me sinto nu”. Muita gente já ouviu ou falou essa frase. Agora, um trabalho da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, comprovou que o vício pelo uso de smartphone pode levar a consequências físicas prejudiciais ao usuário, como alteração alteração da pressão sanguínea.
                      
Os pesquisadores monitoraram 40 pessoas que completavam um caça-palavras. Em um primeiro momento, elas estavam com os aparelhos do lado. Depois, ouviam o celular tocar, mas não podiam atendê-lo. A situação causou aumento da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e piora de desempenho no jogo. Alguns pacientes relataram ansiedade pela impossibilidade de responder aos chamados.
 
Segundo o psiquiatra André Brasil, a pesquisa comprova a gravidade das alterações comportamentais que a dependência do celular provoca. “A falta do aparelho causa estados parecidos com o viciado em cigarro. O usuário fica impaciente e irritado quando não tem o smartphone por perto”, diz.
                      
Para Sabrina Vasconcelos, psicóloga do Hospital São Francisco de Assis, a causa do problema está no espaço crescente que o ambiente virtual vem tendo na vida das pessoas. “Há quem prefira ter 600 amigos na rede social a 10 no mundo real”, explica. Já para Brasil, a origem do vício muitas vezes está em questões emocionais. “Assim como bebida e cigarro, o celular é usado para se fugir de dificuldades pessoais”, avalia o especialista.
                      
Dentro do grupo de risco de dependência - jovens entre 18 e 30 anos, a produtora cultural Larissa Ferreira, 24, conseguiu se livrar do problema ao decidir, em setembro de 2014, passar um mês longe do smartphone. “Melhorei muito. Fico bem quando esqueço o celular em casa”, comenta ela, que não buscou tratamento médico.
                      
Para os que não têm a força de vontade de Larissa, o mais recomendado é ir ao psicólogo. “Só os 45 minutos de consulta com o celular desligado já podem auxiliar o paciente”, explica Sabrina.
 
O Dia

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