EFE/Jeffrey Arguedas |
As mulheres bissexuais sofrem mais problemas de saúde mental do que as lésbicas, apontou um estudo elaborado no Reino Unido publicado na revista científica “Journal of Public Health”.
As mulheres bissexuais tem 64% mais de possibilidades de sofrer desordens alimentares, 37% mais chances de se automutilar e 26% mais de sofrer depressão do que as lésbicas, segundo a pesquisa elaborada pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
O estudo se baseia na análise de dados obtidos em 2007 a partir dos testemunhos de 5.706 mulheres bissexuais e lésbicas com mais de 14 anos residentes no Reino Unido.
“As pessoas bissexuais têm um risco particular de sofrer invisibilidade e serem marginalizadas nas comunidades de gays e lésbicas, assim como no resto da sociedade”, alertou o pesquisador Ford Hickson.
“Apesar de as mulheres bissexuais de nosso estudo terem sofrido menos discriminação de gênero que as lésbicas, isto não significou um benefício para sua saúde mental”, explicou o cientista.
O estudo detectou que as mulheres bissexuais são menos propensas a comunicar sua tendência sexual a amigos, familiares e colegas de trabalho, e também mantêm menos relações estáveis.
“Os serviços de saúde mental deveriam ser advertidos sobre as diferenças e as similitudes entre as mulheres bissexuais e as lésbicas e desenhar sua assistência nesse sentido”, afirmou Hickson.
Lisa Colledge, co-autora da pesquisa, ressaltou que o resultado foi semelhante aos de outros que traçaram as diferenças entre bissexuais e homossexuais.
“Apesar de as mulheres não heterossexuais terem saúde mental muito pior do que as heterossexuais, as bissexuais mostraram mais transtornos”, afirmou Colledge.
EFE Saúde
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