Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 11 de março de 2015

Cientistas desenvolvem tratamento para aterosclerose com microcápsulas

Testes com ratos tiveram resultados promissores em cinco semanas. Remédio é liberado aos poucos e diretamente nas placas de gordura das artérias
 
Principal causa de doenças vasculares no mundo, a aterosclerose acaba de ganhar um novo tratamento. O artigo publicado recentemente na revista especializada Science Translational Medicine descreve uma terapia baseada em nanoesferas inteligentes, projetadas para serem injetadas diretamente no local da lesão vascular e agirem no tecido danificado por até cinco dias. Em testes com ratos de laboratório, o método resultou em melhoras visíveis em apenas cinco semanas de tratamento.

A aterosclerose é causada quando o acúmulo de gordura no sangue lesiona a parede interna das artérias e causa uma resposta exagerada do sistema imunológico. As células produzidas para proteger o corpo acabam se infiltrando nas lesões arteriais, onde passam a armazenar o colesterol na forma de placas. Em vez de cicatrizar a lesão e liberar o fluxo na artéria, essas estruturas de defesa acabam endurecendo o revestimento dos vasos sanguíneos, uma condição que pode causar hipertensão e até mesmo levar ao rompimento das artérias.

O tratamento habitual para essa condição crônica é baseado em anti-inflamatórios, mas a resposta imune do organismo costuma ser resistente demais para encerrar o combate à inflamação e dar início ao processo de regeneração do tecido lesionado. Os pesquisadores resolveram atacar o problema usando um fragmento de uma proteína produzida pelas células imunes: a anexina A1, que age no processo de cicatrização após inflamações.

Colágeno
“A parte da anexina A1 que ativa o receptor da célula está incorporada no fim da proteína. Então, se fizermos uma pequena proteína ou peptídeo que inclua esse fim, ele funciona da mesma forma que a proteína inteira”, explica Ira Tabas, professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e principal autor do estudo. Como o peptídeo Ac2-26 produzido a partir dessa proteína é absorvido rapidamente pelo organismo, os cientistas tiveram de encontrar uma forma de tratar as áreas lesionadas de forma contínua, sem ter de injetar grandes quantidades do medicamento no paciente.
 
Correio Braziliense

Nenhum comentário:

Postar um comentário