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quarta-feira, 11 de março de 2015

Oxigênio pode ajudar a tratar cânceres, indicam cientistas norte-americanos

Segundo os cientistas, o uso de 60% de oxigênio mostrou-se seguro em tratamentos de longo prazo
 
Essa é a proposta de cientistas da Universidade de Northeastern em Boston (EUA): mais oxigênio contra os tumores. Após experimentos com ratos, eles concluíram que aumentar a oxigenação, procedimento comum em hospitais, pode ser um aliado da imunoterapia no combate a tumores. As cobaias tratadas com a combinação de técnicas apresentaram regressão de câncer de pulmão e de mama. Quarenta por cento delas sobreviveram mais do que os ratinhos com a doença e não submetidos ao reforço na oxigenação.

Quando respiramos normalmente, a concentração de oxigênio recebida pelo corpo é de 21%. Em caso de suplementação hospitalar, pode subir para 60%. Os tumores que crescem rapidamente consomem tanto oxigênio que acabam evoluindo em um ambiente de hipoxia, com baixa concentração do elemento químico. Nessas condições, produzem a adenosina, uma molécula que bloqueia a ação das células produzidas pelo corpo para atacar o câncer.
 
Ao aumentar a quantidade de oxigênio, os estragos causados pela adenosina foram amenizados. A intervenção teve como complemento a injeção de células T. Tratam-se dos glóbulos branco do sangue que produzem anticorpos para combater organismos estranhos.

Segundo os cientistas, o uso de 60% de oxigênio mostrou-se seguro em tratamentos de longo prazo. “Mas deve ser considerado com atenção porque nossos relatórios anteriores atraíram a atenção para a possibilidade de que (a técnica) agrave a lesão pulmonar inflamatória aguda em curso”, ponderaram no artigo divulgado na Science Translational Medicine.

Eles também ressaltam que um ensaio clínico em andamento testa, em humanos, uma terapia que combina oxigênio suplementar e uma vacina contra o câncer de pulmão. “A hiperoxia (excesso de oxigenação) respiratória, por ser amplamente usada em situações clínicas, pode ser facilmente combinada com imunoterapias existentes contra o câncer e com antagonistas naturais ou sintético já disponíveis e seguros.”

Correio Braziliense

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