Reprodução/ http://www.wateraid.org/ O relatório foi publicado pela organização WaterAid |
Mais de um terço dos hospitais e clínicas em países em desenvolvimento não tem lugar para funcionários e pacientes lavarem as mãos com sabão, e quase 40 % não possuem nenhuma fonte de água, de acordo com uma avaliação internacional feita com o apoio da OMS (Organização Mundial de Saúde), publicada na terça-feira (17).
O relatório, feito pela entidade beneficente WaterAid, do setor de saneamento e a OMS, diz que a cada ano meio milhão de bebês morrem antes de atingirem um mês de idade por causa da falta de água potável e saneamento seguro.
Para um de cada cinco desses bebês, ser lavado em água limpa e receber cuidados em um ambiente limpo e seguro por pessoas que tenham lavado as mãos com sabão poderia ter evitado sua morte prematura, afirma o relatório.
"A capacidade de manter um hospital ou clínica limpo é um requisito tão fundamental nos cuidados com a saúde que é preciso questionar se uma instalação sem água corrente limpa ou saneamento básico pode atender adequadamente seus pacientes", disse Barbara Frost, executiva-chefe da WaterAid. "Nascer em condições anti-higiênicas condena muitos bebês a uma morte precoce e tragicamente evitável."
Maria Neira, especialista da OMS em saúde pública, social e ambiental, disse que os resultados da avaliação — a primeira desse seu tipo que cobre 54 países em desenvolvimento — são ainda mais chocantes porque, mesmo quando as clínicas de saúde são classificadas como tendo acesso a água, o abastecimento pode estar a até meio quilômetro de distância, em vez de a água ser canalizada diretamente para o local.
"Mulheres grávidas dependem de um ambiente de parto que, no mínimo, não deixe seu bebê em risco, sem falar na necessidade de água potável ou de ter de deixar a instalação para procurar um banheiro", disse ela em um comunicado.
Além de causar a morte de recém-nascidos, as mesmas condições de falta de higiene também alimentam grandes surtos de doenças, tais como epidemias de cólera na República Democrática do Congo, Haiti, Malauí, Tanzânia e Sudão do Sul, constatou o estudo.
Reuters / R7
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