Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 18 de março de 2015

Hospitais sem higiene causam morte de meio milhão de bebês ao ano em países em desenvolvimento

Reprodução/ http://www.wateraid.org/
O relatório foi publicado pela organização WaterAid
Falta d'água e saneamento são os maiores obstáculos para os tratamentos adequados
 
Mais de um terço dos hospitais e clínicas em países em desenvolvimento não tem lugar para funcionários e pacientes lavarem as mãos com sabão, e quase 40 % não possuem nenhuma fonte de água, de acordo com uma avaliação internacional feita com o apoio da OMS (Organização Mundial de Saúde), publicada na terça-feira (17).
 
O relatório, feito pela entidade beneficente WaterAid, do setor de saneamento e a OMS, diz que a cada ano meio milhão de bebês morrem antes de atingirem um mês de idade por causa da falta de água potável e saneamento seguro.
 
Para um de cada cinco desses bebês, ser lavado em água limpa e receber cuidados em um ambiente limpo e seguro por pessoas que tenham lavado as mãos com sabão poderia ter evitado sua morte prematura, afirma o relatório.
 
"A capacidade de manter um hospital ou clínica limpo é um requisito tão fundamental nos cuidados com a saúde que é preciso questionar se uma instalação sem água corrente limpa ou saneamento básico pode atender adequadamente seus pacientes", disse Barbara Frost, executiva-chefe da WaterAid. "Nascer em condições anti-higiênicas condena muitos bebês a uma morte precoce e tragicamente evitável."
 
Maria Neira, especialista da OMS em saúde pública, social e ambiental, disse que os resultados da avaliação — a primeira desse seu tipo que cobre 54 países em desenvolvimento — são ainda mais chocantes porque, mesmo quando as clínicas de saúde são classificadas como tendo acesso a água, o abastecimento pode estar a até meio quilômetro de distância, em vez de a água ser canalizada diretamente para o local.
 
"Mulheres grávidas dependem de um ambiente de parto que, no mínimo, não deixe seu bebê em risco, sem falar na necessidade de água potável ou de ter de deixar a instalação para procurar um banheiro", disse ela em um comunicado.
 
Além de causar a morte de recém-nascidos, as mesmas condições de falta de higiene também alimentam grandes surtos de doenças, tais como epidemias de cólera na República Democrática do Congo, Haiti, Malauí, Tanzânia e Sudão do Sul, constatou o estudo.
 
Reuters / R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário