Protetores solares que dizem reduzir o risco de câncer de pele terão que proteger contra os raios UVA e UVB, além de apresentar FPS (fator de proteção solar) igual ou superior a 15, segundo as novas regras dos Estados Unidos, divulgadas ontem (terça-feira).
As mudanças de rótulo feitas pela FDA (agência reguladora de medicamentos e alimentos dos EUA) têm como objetivo dar aos consumidores mais informações sobre como se proteger do risco de câncer de pele e do envelhecimento precoce, assim como evitar queimaduras solares.
A queimadura solar é causada principalmente pela radiação UVB, enquanto as radiações UVB e UVA contribuem para o câncer de pele e o envelhecimento precoce.
"Estamos estabelecendo um padrão para os Estados Unidos", disse Janet Woodcock, diretora do FDA.
As novas regras asseguram que todos os produtos que afirmam ter "proteção ampla" passarão por um teste padronizado para os raios UVA e UVB. A proporção de proteção contra os raios UVA e UVB deve aumentar proporcionalmente ao aumento dos níveis de FPS.
A FDA estava estudando a atualização das normas em protetores solares desde 1978. A agência divulgou uma regra proposta em 2007, que incluía um sistema de estrelas separadas para a radiação UVA, mas Woodcock disse que muitos fabricantes estavam preocupados com o entendimento dos consumidores.
Ela disse que o rótulo que contém "ampla proteção" se destina a assegurar aos consumidores uma proteção adequada dos dois tipos de radiação, e o fator FPS lhes dá uma sensação de quanto tempo eles estão protegidos.
Todos os filtros solares também serão obrigados a incluir um aviso para os consumidores dizendo se cumprem ou não as normas mínimas de proteção.
A FDA ainda informou que os rótulos não terão mais os dizeres "bloqueador solar" e "à prova d'água", pois as alegações são enganosas. Em vez disso, os fabricantes poderão usar o termo "resistente à água", e terão que indicar quanto tempo o produto resiste à água.
Woodcock disse que os consumidores devem começar a ver as mudanças no rótulo até o verão de 2012, mas muitos fabricantes vão começar mais cedo.
A agência reguladora também pretende estudar se os protetores solares em embalagem aerossol oferecem uma proteção adequada e se inalar o produto causa qualquer problema de segurança.
Os produtos em aerossol são usados frequentemente em crianças porque são mais fáceis de aplicar. Woodcock disse que, até então, os pais devem garantir que as crianças prendam a respiração enquanto o protetor solar está sendo pulverizado.
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