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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lottenberg vê PPPs como saída para saúde brasileira

Para o presidente do Albert Einstein, o Brasil não precisa de mais hospitais, mas de gerir melhor a estrutura existente

Desde 2008, o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo (SP), gerencia o Hospital Municipal M’Boi Mirim (HMBM) em parceria com a Organização Social de Saúde Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam).

Pelo contrato, os recursos para administração do HMBM vêm integramente da Prefeitura Municipal. O Einstein não faz investimentos diretos no hospital nem lucra com sua administração. O HMBM atende os 600 mil moradores dos bairros Jardim Ângela e São Luis, na subprefeitura do M”Boi Mirim, uma das áreas mais carentes de São Paulo.

Na opinião do presidente do Einstein, Cláudio Luiz Lottenberg, o gerenciamento de uma instituição pública não acarreta em riscos para o hospital privado, já que a administração é feita com recursos providos pelo governo.

“Bastar ter conhecimento, uma base avançada de métodos de gestão hospitalar e colocá-las em prática conforme as necessidades inerentes da instituição pública”, opina.

Para Lottenberg o sistema público em si não é burocrático a ponto de atrapalhar uma operação, mas é lento, o que pode gerar certos atrasos e comprometer o atendimento nos hospitais. Na administração do M”Boi Mirim, o executivo diz que o Einstein foca os recursos para as reais necessidades e trabalha com uma rapidez atípica do que geralmente acontece em outros hospitais públicos.

Missão PPP

Para realizar uma parceria com uma instituição pública, Lottenberg acredita que a entidade privada precisa ter bem definida sua missão social. Ele lembra que os hospitais podem contribuir com o setor público por meio de atendimentos direcionados, cedendo parte de seus leitos ou oferecendo serviços de especialidades médicas de sua competência.

“Acredito que as PPPs são uma das saídas para que a medicina brasileira possa dar certo. Vivemos em um sistema que não necessita de construção de mais hospitais, mas, sim da organização e gestão da estrutura de saúde já existente”, diz.

Em apoio ao SUS, o Einstein executa atualmente 33 projetos de assistência, capacitação, pesquisa, gestão e incorporação de tecnologias, entre eles: apoio ao desenvolvimento do sistema de doação e transplante de córnea no Brasil pelo SUS, apoio à gestão do Hospital Municipal do Campo Limpo e do Hospital Infantil Darcy Vargas, embolização de miomas uterinos e capacitação de gestores em qualidade e segurança do paciente.

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