Encontrar alternativas para ganhar visibilidade e se destacar no setor são desafios que os laboratórios precisam lidar. Segundo o diretor da empresa Edson Gil & Consultores Associados, Edson Gil, para fazer uma boa administração laboratorial é importante cuidar do banco de dados, pois essas informações possibilitam que seja criada uma estratégia de mercado.
“Ter um banco de dados com informações sobre os pacientes é um passo importante para os gestores de laboratórios. É um método eficiente de conhecer o seu público e não gasta dinheiro”.
Em sua apresentação no Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, realizado nesta quarta-feira, (29), em Curitiba, Gil explicou que os gestores de laboratórios devem primeiramente buscar o perfil de seu público-alvo. “Sabendo quem é o público principal, é possível criar um balizador estratégico e saber qual é o tipo de cliente que traz maior lucratividade”.
O termo balizador utilizado pelo consultor está relacionado às diretrizes de conduta. Um exemplo abordado por ele é fazer um mapeamento da área onde o laboratório esta localizado. “Cada um pode fazer um mapa da sua cidade e localizar a região que proporciona maior retorno financeiro por CEP ou por tipo de cliente. E, ao invés de investir em um estado inteiro, começar focando em uma área pequena, porém lucrativa”.
Traçar uma segmentação por tipo de cliente também é uma maneira assertiva de alavancar a rentabilidade do laboratório. De acordo com Gil, ao obter esse tipo de informação, é possível saber qual é o tipo de exame que esses pacientes procuram. “Se na sua localidade existe uma grande quantidade de mulheres em idade reprodutiva, uma ideia é direcionar a sua atuação para saúde da mulher”.
Para Gil, o fato de muitos laboratórios tentarem englobar todo tipo de exame pode ser uma atitude de risco. “Não dá para todo mundo oferecer o mesmo tipo de serviço, assim ninguém ganha dinheiro. A melhor forma de se destacar é se especializar. E, a melhor forma de se especializar, é por cliente”.
Da mesma forma não há como atender a todos os tipos de público. O consultor explica que manter um cliente é mais fácil do que arrumar outro. “O grande erro do brasileiro é querer dominar o mercado. O melhor é fidelizar um tipo de cliente”.
Levar em consideração os tipos de exames que mais se destacam no laboratório é um balizador benéfico, explica o profissional. No entanto, é importante saber se o exame que está sendo realizado proporciona lucros e o volume dos exames.
Atentar-se a serviços direcionados ao bem-estar do cliente enquanto aguarda pelo exame, também pode ser um diferencial. “Um gestor deve prestar atenção nos pequenos detalhes que fazem a diferença como, por exemplo, a revista na sala de espera. Ou ao café servido no estabelecimento”.
Por último Gil explica que o mais importante é ter consciência de até onde se pode chegar com a receita que possui e procurar ser único na função que desempenha.
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