As unidades dos Centros Hospitalares de Lisboa Central (CHLC) e Norte (CHLN) registaram no ano passado 270 e 145 casos de alta protelada, respetivamente, segundo dados obtidos pela agência Lusa.
Os casos de protelamento de alta hospitalar verificam-se quando os doentes, após alta clínica, são mantidos em internamento à espera da resposta da segurança social ou de outras soluções encontradas pela própria família.
No caso das unidades hospitalares do (CHLC), excluindo as pessoas que aguardam a integração na Rede Nacional de Cuidados Continuados, o número de doentes com alta protelada está a cair desde 2008, ano em que se registaram 368 casos, passando para 340 em 2009 e 270 em 2010.
De acordo com o relatório e contas do CHLN, o seu serviço social registou 145 situações médico-sociais proteladas, com particular relevância no departamento de Medicina, que englobou 2,1% do total das situações.
Na globalidade, segundo o mesmo documento, apenas 1,7% dos doentes atendidos foram alvo de protelamento de alta clínica.
O mesmo documento refere que a causa mais frequente que deu origem a um maior número de situações de altas clínicas e sociais não coincidentes, 72, foi o tempo de espera para comparticipação económica para integração em lar ou pagamento de cuidador privado.
Para além disso, dos 145 casos assinalados, 13 aguardam vaga no serviço de apoio domiciliário, 26 aguardam disponibilidade de vaga de integração institucional, nove aguardam reorganização familiar e cinco aguardam desinfestação habitacional.
Contactado pela Agência Lusa, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental indicou que nas suas unidades hospitalares “não se verificam casos de abandono hospitalar entre os idosos”.
“Quando, pontualmente, se verifica algum caso social que implique protelamento de alta hospitalar, são promovidas as diligências necessárias para a respectiva resolução junto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”, referiu o CHLO.
O Centro Hospitalar de Lisboa Norte agrega os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, o do Centro os hospitais de S. José, Capuchos, Santa Marta e Dona Estefânia, e o de Lisboa Ocidental os hospitais de Egas Moniz, Santa Cruz e S. Francisco Xavier.
Este ano, nos primeiros meses, o hospital Garcia da Orta, em Almada, registou 16 casos de alta protelada, o hospital Fernando da Fonseca, na Amadora, 73 casos e o Centro Hospitalar de Lisboa Centro 91 casos
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