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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para controle da esclerose múltipla

No Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, médico afirma que se iniciado na primeira crise, tratamento permite qualidade de vida para o paciente


Nesta terça-feira, 30 de agosto, comemorou-se o Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, data de reforço da importância do diagnóstico e do tratamento precoces da doença que atinge mais de 2,5 milhões de pessoas. Apesar de o diagnóstico da EM não ser simples, pois, de acordo com o médico Roberto Carneiro de Oliveira, os sintomas são semelhantes aos de outras patologias neurológicas, detectá-la precocemente contribui para o bom andamento do tratamento.

—  O diagnóstico precoce está ligado ao tratamento precoce, o que permite reduzir a incidência de sequelas — explica.

Segundo o médico, quando iniciado ainda na primeira crise, o tratamento permite uma grande melhora na qualidade de vida do paciente no futuro.

— Tendo em vista que cerca de 76% dos pacientes que apresentam o primeiro surto terá novas crises ao longo da vida, tratar precocemente a esclerose múltipla (EM) permite melhor controle sobre a evolução da doença, com menos surtos e com episódios de menor intensidade — explica.

Impacto do diagnósticoNo entanto, o impacto inicial do diagnóstico pode gerar apreensão. Uma pesquisa realizada pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals com 650 pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla em 12 países, entre eles o Brasil, demonstrou que oito entre dez pessoas se sentiram ansiosas e confusas no momento da descoberta, sendo os maiores medos destes pacientes ficarem inválidos (65%) e se tornarem um peso para a família (61%). Em relação à carreira, cerca de 60% dos entrevistados ficaram preocupados com a capacidade de executar o trabalho.

O diagnóstico positivo da doença também pode gerar inquietações quanto à vida afetiva conforme a pesquisa. Entre os pacientes casados ou que namoravam, a preocupação era saber se o parceiro se tornaria um “cuidador” (45%) e se teria que assumir as suas responsabilidades (42%). Mais da metade dos entrevistados disseram que o parceiro foi sua maior fonte de apoio emocional (55%), seguido pelos amigos.

A esclerose múltiplaAs causas da EM ainda são pouco conhecidas, mas estudos recentes sugerem a existência de uma predisposição genética, associada à influência de fatores ambientais. A doença acomete jovens adultos na faixa etária de 20 a 40 anos, com maior incidência entre as mulheres.

No Brasil, a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que mais de 30 mil pessoas sejam portadores da doença, sendo que desse total apenas cinco mil recebem tratamento adequado devido à demora no diagnóstico.

A esclerose múltipla afeta o sistema nervoso central, com ativação de elementos do sistema imunológico do paciente contra suas próprias estruturas. Entre os sintomas mais frequentes, estão fraqueza muscular, rigidez, dores articulares e descoordenação motora. O doente perde o equilíbrio quando fica em pé, sente dificuldade para andar, tremores e formigamentos. Em alguns casos, a doença pode provocar insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária e alterações visuais. Existe uma escala de 0 a 10 para classificar a gravidade da doença.

Os medicamentos que podem modificar o seu curso são chamados imunomoduladores. Eles reduzem os surtos e retardam a evolução da incapacidade neurológica.

Fonte Zero Hora

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