Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, morreu durante procedimento de preparação para a doação de medula óssea
A Justiça de São José do Rio Preto, em São Paulo, decidiu aceitar a denúncia do Ministério Público contra as duas médicas e duas enfermeiras acusadas de provocar a morte da universitária Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, que era submetida a um processo para doação de medula óssea.
Num primeiro momento, o juiz da 3.ª Vara Criminal de Rio Preto, Diniz Fernando Ferreira da Cruz, propôs suspender a ação judicial e recomendou ao Ministério Público fazer um acordo com a defesa.
A proposta do magistrado era que as médicas e as enfermeiras fossem punidas com visitas mensais ao fórum e as enfermeiras, com a prestação de serviços à comunidade, multa ou pagamento de cestas básicas.
Ontem, no entanto, o juiz Cruz voltou atrás e decidiu receber formalmente a denúncia do Ministério Público.
A ação. Na denúncia, o MP pede a condenação das médicas por crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e das enfermeiras por omissão de socorro.
Luana doou a medula no Hospital de Base de Rio Preto e morreu no mesmo dia em decorrência de múltiplas perfurações na veia subclávia esquerda, provocadas durante o implante de um cateter. As perfurações causaram hemorragia no pulmão.
De acordo com as investigações, as enfermeiras não teriam internado a doadora na UTI quando ela retornou ao hospital reclamando de dores no local.
No despacho, o juiz também questionou o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para saber como está o andamento das sindicâncias abertas para apurar o caso. O Hospital de Base informou que vai assessorar juridicamente as profissionais, que continuam prestando serviços normalmente na unidade. As acusadas têm dez dias de prazo para apresentar defesa à Justiça.
Após a morte, a família de Luana afirmou que entraria na Justiça para pedir indenização do hospital por conta do erro.
Fonte Estadão
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