Objetivo é alcançar o resultado investindo em programas de perda de peso em pacientes com diabetes e doenças do coração
Pesquisadores da Emory University em Atlanta constataram que a Medicare pode poupar até US$15 bilhões nos custos com diabetes e doenças do coração, se investir em programas de prevenção de perda de peso.
Os autores ofereceram uma gama de provas em programas com base em comunidades de perda de pesos para indivíduos com idades entre 60 e 64 anos com pré-diabetes antes que alcancem a idade de 65 anos e eles entrem no programa da Medicare.
De acordo com a publicação, pré-diabetes significa que o nível de açúcar no sangue da pessoa ainda não está em um nível alto o suficiente para que um diagnóstico de diabetes tipo 2 seja feito, mas está mais alto que o normal. Sem intervenção, a pré-diabetes geralmente progride pra a diabetes tipo 2 dentro de 10 anos. Problemas no sistema circulatório e no coração podem já ter começado em uma pessoa com pré-diabetes.
Segundo a pesquisa, entretanto, a progressão para o tipo 2 da diabetes não é inevitável. Se o indivíduo perde peso, se alimenta de forma saudável e balanceada e se exercita regularmente, os níveis de açúcar provavelmente voltarão ao normal.
O coautor e líder de pesquisa Kenneth E. Thorpe, PhD e professor de política e gestão da saúde na Rollins School of Public Health, disse que a proposta do seu estudo deve ser cuidadosamente considerada pelos membros do congresso que estão tentando encontrar maneiras de baixar os gastos da Medicare e reduzir o déficit federal. Infelizmente, o governo falha na abordagem de diminuir as taxas de doenças crônicas e obesidade.
Para Thorpe, a maioria dos gastos de saúde é devido ao aumento das taxas de problemas relacionados ao peso como diabetes, colesterol, pressão alta. Ele completa ao dizer que quando as pessoas se tornam elegíveis à Medicare, já estão batalhando contra essas doenças. Ao se concentrar na perda de peso e prevenção teria um grande impacto na luta contra a doença crônica.
Thorpe e seu companheiro de pesquisa Zhou Yang, modelaram sua proposta em um programa desenvolvido juntamente pela YMCA, a CDC (Centers for Disease Control and Prevention – Centro de Controle e Prevenção de Doenças) e o UnitedHealth Group.
Na YMCAs across American, um estilo de vida com qualidade auxilia indivíduos com sobrepeso que têm risco de desenvolver a diabetes tipo 2. Sendo assim, eles são ensinados sobre hábitos alimentares saudáveis e recebem um plano de exercícios que aumenta seus níveis gerais de atividade física. De acordo com estudos anteriores, pessoas com mais de 60 anos que se inscrevem no programa e outros similares perdem peso e eventualmente tem um risco 71% menor de desenvolver a diabetes tipo 2.
Os pesquisadores se prepararam para determinar quais poderiam ser os benefícios se pessoas de 60 a 64 anos com sinais de pré-diabetes fossem envolvidas em programas de perda de peso. Um programa de 16 semanas tem o custo estimado para o governo federal de aproximadamente US$590 milhões. Eles propõem que esses fundos podem vir do National Diabetes Prevention Program (Programa de Prevenção Nacional de Diabetes) (parte do CDC) e da Prevention and Public Health Trust Fund (Fundo Fiduciário de Prevenção e Saúde Pública).
Esse gasto poderia poupar para a Medicare cerca de US$2,3 bilhões durante a década e cerca de US$9,3 bilhões em economia durante uma vida. Uma vida significa quanto dinheiro seria poupado pelo tempo de envolvimento de um participante desde que entra no programa até o final da sua vida – que o autor estima aproximadamente 13 anos.
Eles também incluíram indivíduos com sobrepeso e hipertensão ou colesterol alto no programa. Esses indivíduos não têm somente um alto riso de desenvolver diabetes, mas também doenças do coração. Ao incluir essas pessoas no programa (taxa de participação de 70%), estimam que as economias para a Medicare seriam de aproximadamente US$1,4 bilhões em uma década e US$5,8 bilhões em uma vida.
Além disso, quando os dois grupos são combinados e somados, chegam a economizar para a Medicare cerca de US$3,7 bilhões em uma década e quase US$15,1 bilhões pela vida dos pacientes.
Fonte SaudeWeb
Nenhum comentário:
Postar um comentário