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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

De grão em grão, contra a osteoporose

Nutricionistas indicam o amaranto e a soja para prevenção da doença inimiga da mulher

A fórmula contra a osteoporose acaba de ganhar mais ingredientes. Se antes para brigar contra a doença que enfraquece os ossos, as mulheres contavam com o leite, derivados e os exercícios físicos, agora as pesquisas científicas apontam dois outros aliados pequeninos mas poderosos na defesa da saúde feminina.

Os grãos de amaranto e soja despontaram recentemente como recursos protetores da doença óssea que, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, atinge sete vezes mais mulheres do que homens (7,1% delas têm osteoporose contra 1,8% deles).

O amaranto
“Os especialistas começaram a suspeitar do efeito protetor do amaranto quando estudaram as mulheres do Peru, pois o grão é típico da região dos Andes e muito consumido pelos peruanos”, explica a nutricionista Jeanne Gamboa. “Foi constatado que as mulheres peruanas tinham índices baixíssimos de osteoporose, apesar de viverem em circunstâncias muito semelhantes as das outras populações latinas e femininas que sofrem de osteoporose. O amaranto foi investigado e a surpresa é que ele fornece cinco vezes mais cálcio (nutriente importante para os ossos) do que o leite.”

Além do cálcio, uma análise feita pelo Laboratório de Alimentos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) apontou outras vantagens protetoras do amaranto. Durante 48 dias, foi avaliado um grupo de ratos. Parte dos animais consumiu o grão e outra parte não. Os animais que tiveram uma dieta rica na substância apresentaram ao final do período melhores índices de colesterol e também maior quantidade de fibras no organismo. Outra conclusão é que o amaranto é muito rico em proteínas, uma boa opção para quem não come carne. Tanto que passou a ser conhecido como “a picanha dos vegetarianos” .

Tantas vantagens fizeram com que a indústria alimentícia focasse no amaranto. Em meio ao boom de alimentos funcionais uma série de produtos feitos com o grão foram lançados, como granola, pães de forma e até bebidas.

Soja
Também da família dos grãos, a soja é outra que pode entrar no ringue contra a osteoporose, segundo as últimas pesquisas. Uma das características da doença óssea é que ela torna-se mais comum nas mulheres que já passaram dos 50 anos. A explicação para a relação com a faixa-etária é que nesta idade as mulheres começam a perder a proteção hormonal, o que facilitaria a perda de massa dos ossos.

Por este motivo, no Ambulatório de Climatério do Hospital das Clínicas de São Paulo, os responsáveis já indicavam uma dieta rica em soja por constatarem que o alimento aliviava os desconfortos trazidos pela menopausa, como ondas de calor. Tudo graças a isoflavona, presente no grão e promotora de uma menopausa mais saudável.

Um trabalho conduzido pela Universidade de Illinois (nos Estados Unidos da América) acrescentou vantagens ao grão. No início dos anos 2000, eles constataram que as isoflavonas regulam a produção de estrogênio (o hormônio feminino que diminui com o passar dos anos) e estimulam a produção de cálcio, o que fortalece a saúde dos ossos. Mais um ponto contra a osteoporose.

A doença
É importante ressaltar que só reforçar a alimentação em amaranto e soja não basta para deixar afastado o risco de ter osteoporose. Uma pesquisa publicada na Revista de Saúde Pública investigou 54 mil pessoas para saber quais são os fatores relacionados à doença que poderiam explicar o aparecimento do problema de saúde, responsável por quedas e internações.

A obesidade, a inatividade física e o fato de já terem fumado em algum momento da vida foram as características mais associadas ao diagnóstico de osteoporose. Ficar longe destes hábitos também promove a saúde óssea.

Fonte IG

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