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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Poluição do ar ligada a câncer de pulmão em não-fumantes

Quem vive em áreas mais poluídas tem 20% mais chance de ter a doença do que os que moram em locais menos poluídos

Pessoas que nunca fumaram, mas que vivem em áreas com níveis mais elevados de poluição do ar, são cerca de 20% mais propensas a morrer de câncer de pulmão do que quem vive em locais com ar mais limpo, concluiu um novo estudo.

“É outro argumento que explica porque que os níveis de regulamentação (de poluentes no ar) devem ser tão baixos quanto o possível”, disse Francine Laden, professora da Escola de Saúde Pública de Harvard, que não está envolvida na pesquisa.

Embora o tabagismo seja a causa número um de câncer de pulmão, uma em cada 10 pessoas que desenvolvem câncer de pulmão nunca fumaram.

“O câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram é um cancer importante. É a sexta maior causa de câncer nos Estados Unidos", disse Michelle Turner, a autora principal do estudo, da Universidade de Ottawa, no Canadá.

Estimativas anteriores de quantos não-fumantes são afetados pelo câncer de pulmão variam entre 14 e 21 para cada 100.000 mulheres e cinco e 14 em cada 100.000 homens.

Já se sabe que as finas partículas de poluição no ar, que podem irritar os pulmões e causar inflamação, são um fator de risco para câncer de pulmão. Mas os pesquisadores ainda não tinham analisado claramente seu impacto isolado do impacto de fumar.

Neste estudo, Turner e seus colegas acompanharam mais de 180 mil não-fumantes por 26 anos. Durante todo o período do estudo, 1.100 pessoas morreram de câncer de pulmão.

Os participantes viveram em todos os 50 estados norte-americanos e em Puerto Rico, e com base em seus códigos postais, os pesquisadores estimaram a quantidade de poluição do ar a que eles foram expostos – medida em unidades de microgramas de partículas por metro cúbico de ar.

Os níveis de poluição nas diferentes áresa variaram de um mínimo de seis unidades para um máximo de 38 unidades. Os níveis caíram ao longo do tempo, de uma média de 21 unidades entre 1979 e 1983, para 14 unidades entre 1999 e 2000, produzindo um nível de poluição médio global de 17 unidades em todo o período do estudo.

Depois que a equipe levou em conta outros fatores de risco para o câncer, como o fumo passivo, eles descobriram que para cada 10 unidades extras de exposição à poluição do ar, o risco de uma pessoa de ter câncer de pulmão aumentou de 15% para 27%.

O aumento do risco para câncer de pulmão associado à poluição é pequeno em comparação com o risco 20 vezes maior de fumar. A equipe de pesquisa não provou que a poluição causou os casos de câncer, mas “há muitas evidências de que a exposição a partículas finas aumenta a mortalidade cardiopulmonar” disse Turner à Reuters Health.

Partículas finas na poluição do ar podem prejudicar os pulmões causando inflamação e dano ao DNA, escreveu a equipe de Turner no estudo publicado no American Journal of Respiratory e Critical Care Medicine.

Pesquisas anteriores sugerem conclusões semelhantes. Um estudo feito na China, por exemplo, encontrou um risco aumentado de câncer de pulmão atribuído à poluição do ar dentro interno, por conta da queima de carvão e madeira para aquecer as casas. E vários estudos europeus já ligaram níveis de fuligem e da poluição de veículos com o câncer de pulmão em não-fumantes.

Laden observou que os níveis de poluição associados ao risco aumentado de câncer, no presente estudo, não são incomuns em os EUA. “Estes níveis estão dentro dos padrões (regulatórios)” disse Laden à Reuters Health.

“Não estamos falando de pessoas que vivem em lugares muito poluídos e sem controle de poluição.”

Fonte IG

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