Apenas 8% das entrevistadas que usam óculos de grau protegem os olhos na praia
O uso de óculos de grau é um convite para as mulheres brasileiras deixarem de lado a proteção dos olhos no sol. É o que revela uma pesquisa realizada pelo IBOPE, com mulheres que possuem problemas de visão. Embora 97% das 284 entrevistas acreditem que a radiação UV (ultravioleta) prejudica a visão, apenas 8% delas usam óculos escuros com grau quando vão à praia. O levantamento também mostra que 95% das mulheres acreditam que a radiação provoca o envelhecimento da pele ao redor dos olhos.
De acordo com o porta-voz da pesquisa, o oftalmologista do Instituto Penido Burnier Leôncio Queiroz Neto, a falta de proteção solar pode causar alterações imediatas e a logo prazo nos olhos. A queimadura da pele periocular é uma alteração imediata decorrente da exposição ao sol sem proteção, alerta o especialista. Não por acaso, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta, para 2012, a pele como a parte mais atingida pela doença no Brasil.
— Esta previsão evidencia o uso inadequado do filtro solar pelo brasileiro — afirma.
Entre as mulheres, a situação é ainda mais grave. No ano que vem, o INCA estima que o número de casos de câncer de pele entre mulheres seja 14% maior do que nos homens, totalizando 71,5 mil casos, contra 62,68 mil.
— Apesar da metástase da pálpebra para os olhos ser incomum, nos casos de câncer não melanoma que é o tipo mais prevalente, a doença pode causar lesões palpebrais e desencadear cicatrizes na córnea que conduzem à queda visual — comenta.
Para o oftalmologista, a melhor forma de proteger os olhos e a pele da região é utilizar óculos que tenham lentes com filtro UV. Segundo um estudo do especialista, o contato dos filtros cosméticos com a mucosa ocular provoca a conjuntivite tóxica e a alérgica.
— Os óculos com filtro eliminam este risco e o uso incorreto do protetor solar — garante.
Risco da falta de sintoma
Outra alteração imediata é a fotoceratite — inflamação da córnea por queimadura de primeiro grau — ressalta Queiroz Neto. Em geral, ocorre após seis horas ininterruptas de exposição dos olhos ao sol, sem proteção.
Embora os sintomas — olhos vermelhos e ressecados — desapareçam depois de 48 horas longe do sol, não significa que o problema tenha sido resolvido. Conforme explica o médico, a fotoceratite provoca o desprendimento de células do epitélio, camada externa da córnea que vai perdendo a transparência. Segundo uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 5% dos casos de cegueira são decorrentes de opacidades na córnea que podem estar associadas a repetidos quadros de fotoceratite.
Efeitos cumulativos da radiação
Segundo estudos internacionais, a falta de proteção UV aumenta em até 60% a chance de contrair catarata. A doença torna o cristalino opaco e responde por 47% dos casos de perda da visão no Brasil. O especialista diz que a taxa anual de crescimento da catarata no país é de 20% por conta do envelhecimento da população e do estilo de vida, incluindo exposição ao sol sem proteção e ao estresse, que aumenta a produção de radicais livres.
Somados às flutuações dos hormônios sexuais femininos, estes três fatores fazem com que a incidência da catarata entre mulheres seja 30% maior.
A degeneração macular, parte central da retina responsável pela visão de detalhes, é outro efeito cumulativo da radiação UV e da luz azul sobre os olhos. Trata-se da maior causa de cegueira irreversível no mundo, causada pelo acúmulo de lipofuscina abaixo da mácula que leva à oxidação das células, explica Queiroz Neto.
A falta de proteção, destaca, também pode desencadear o pterígio. A doença é uma forma de defesa da conjuntiva contra o ressecamento provocado pela radiação UV. É caracterizada pelo espessamento da membrana que cobre a parte branca do globo ocular e a superfície interna das pálpebras. Quando pequeno, o pterígio é tratado com pomadas anti-inflamatórias, mas se cresce e atrapalha a visão pode ser feita uma intervenção cirúrgica, explica.
Como escolher os óculos de sol
Dia a dia
:: Âmbar, marrom e cinza — Reduzem reflexos e têm boa visão de contraste de profundidade.
Dirigir em dias nublados
:: Cinza — Melhora visão de contraste.
De acordo com o porta-voz da pesquisa, o oftalmologista do Instituto Penido Burnier Leôncio Queiroz Neto, a falta de proteção solar pode causar alterações imediatas e a logo prazo nos olhos. A queimadura da pele periocular é uma alteração imediata decorrente da exposição ao sol sem proteção, alerta o especialista. Não por acaso, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta, para 2012, a pele como a parte mais atingida pela doença no Brasil.
— Esta previsão evidencia o uso inadequado do filtro solar pelo brasileiro — afirma.
Entre as mulheres, a situação é ainda mais grave. No ano que vem, o INCA estima que o número de casos de câncer de pele entre mulheres seja 14% maior do que nos homens, totalizando 71,5 mil casos, contra 62,68 mil.
— Apesar da metástase da pálpebra para os olhos ser incomum, nos casos de câncer não melanoma que é o tipo mais prevalente, a doença pode causar lesões palpebrais e desencadear cicatrizes na córnea que conduzem à queda visual — comenta.
Para o oftalmologista, a melhor forma de proteger os olhos e a pele da região é utilizar óculos que tenham lentes com filtro UV. Segundo um estudo do especialista, o contato dos filtros cosméticos com a mucosa ocular provoca a conjuntivite tóxica e a alérgica.
— Os óculos com filtro eliminam este risco e o uso incorreto do protetor solar — garante.
Risco da falta de sintoma
Outra alteração imediata é a fotoceratite — inflamação da córnea por queimadura de primeiro grau — ressalta Queiroz Neto. Em geral, ocorre após seis horas ininterruptas de exposição dos olhos ao sol, sem proteção.
Embora os sintomas — olhos vermelhos e ressecados — desapareçam depois de 48 horas longe do sol, não significa que o problema tenha sido resolvido. Conforme explica o médico, a fotoceratite provoca o desprendimento de células do epitélio, camada externa da córnea que vai perdendo a transparência. Segundo uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 5% dos casos de cegueira são decorrentes de opacidades na córnea que podem estar associadas a repetidos quadros de fotoceratite.
Efeitos cumulativos da radiação
Segundo estudos internacionais, a falta de proteção UV aumenta em até 60% a chance de contrair catarata. A doença torna o cristalino opaco e responde por 47% dos casos de perda da visão no Brasil. O especialista diz que a taxa anual de crescimento da catarata no país é de 20% por conta do envelhecimento da população e do estilo de vida, incluindo exposição ao sol sem proteção e ao estresse, que aumenta a produção de radicais livres.
Somados às flutuações dos hormônios sexuais femininos, estes três fatores fazem com que a incidência da catarata entre mulheres seja 30% maior.
A degeneração macular, parte central da retina responsável pela visão de detalhes, é outro efeito cumulativo da radiação UV e da luz azul sobre os olhos. Trata-se da maior causa de cegueira irreversível no mundo, causada pelo acúmulo de lipofuscina abaixo da mácula que leva à oxidação das células, explica Queiroz Neto.
A falta de proteção, destaca, também pode desencadear o pterígio. A doença é uma forma de defesa da conjuntiva contra o ressecamento provocado pela radiação UV. É caracterizada pelo espessamento da membrana que cobre a parte branca do globo ocular e a superfície interna das pálpebras. Quando pequeno, o pterígio é tratado com pomadas anti-inflamatórias, mas se cresce e atrapalha a visão pode ser feita uma intervenção cirúrgica, explica.
Como escolher os óculos de sol
Dia a dia
:: Âmbar, marrom e cinza — Reduzem reflexos e têm boa visão de contraste de profundidade.
Dirigir em dias nublados
:: Cinza — Melhora visão de contraste.
Esportes aquáticos
:: Rosa e púrpura — Melhoram o contraste em fundos verdes e azuis.
Dirigir no lusco-fusco
:: Amarela — Reduz o ofuscamento.
:: Rosa e púrpura — Melhoram o contraste em fundos verdes e azuis.
Dirigir no lusco-fusco
:: Amarela — Reduz o ofuscamento.
Fonte Zero Hora
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