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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Para reduzir desperdício, Unimed Vitória envolve médicos na gestão

Envolvimento de médicos cooperados e colaboradores faz com que a entidade cumpra metas e economiza recursos

Um hospital em que médicos cooperados assumem responsabilidade por uma gestão de sucesso. Essa é a ideia do Centro Integrado de Atenção à Saúde (Cias), da Unimed Vitória. “Projetos como o planejamento estratégico, ações de responsabilidade social e premiações internas são desempenhados com base na participação de toda a equipe. Sem dúvida, é maior a sensação de pertencimento, participação e responsabilidade com o desenvolvimento da organização, também em virtude do forte envolvimento dos colaboradores com todos esses projetos”, explica o diretor-presidente da Unimed Vitória, Márcio de Oliveira Almeida.

Além do edifício central, o Cias está integrado a seis unidades ambulatoriais espalhadas pelos municípios da Grande Vitória. “A criação das unidades ambulatoriais foi uma iniciativa da cooperativa, com a finalidade de garantir capilaridade ao atendimento dos 272 mil clientes da Unimed Vitória”, explica. Uma das unidades ambulatoriais dá suporte direto ao pronto-socorro do Cias, atendendo casos de menor urgência, liberando o hospital para tratar casos mais graves. Isso confere mais agilidade ao atendimento, segundo Almeida.

Até o final deste ano, um total de R$ 2 milhões será investido no Cias. “Os investimentos foram direcionados, em especial, para a aquisição de equipamentos, a fim de manter o estabelecimento em dia com o que há de mais moderno em termos de tecnologia hospitalar”, explica o gestor, que adianta que já está sendo estudada a expansão do hospital. “Nosso objetivo é garantir ainda mais qualidade e exclusividade aos clientes da cooperativa e, ao mesmo tempo, ampliar o espaço disponibilizado para atuação dos médicos cooperados.”

Enquanto isso, para avaliar os avanços do hospital, uma série de indicadores demonstra o desempenho em cada setor. “Gestores fazem uma avaliação periódica desses indicadores. Para aqueles que estão fora da meta ou com tendência desfavorável, é necessário abrir um plano de ação.

Os resultados são apresentados semestralmente”, explica o superintendente de recursos próprios da Unimed Vitória, Paulo Augusto de Aragão.

Para ele, essa avaliação de indicadores é crucial para a instituição se desenvolver. “O que não pode ser medido, não pode ser avaliado. Com os indicadores, deixamos o lado intuitivo para planejar ações com uma visão muito mais técnica.”

Redução de desperdício
Esse crescimento almejado para o Cias deve ocorrer de forma sustentável, afinal um dos destaques no modelo de gestão do hospital é sua política de redução de desperdícios. “Existe todo um controle de medicamentos e materiais, principalmente por conta da data de vencimento”, diz Paulo Augusto de Aragão. “Quando precisamos comprar um remédio que não é rotina do hospital e sobram 10 comprimidos na caixa, que não vão ser usados por outro paciente, trocamos com outros hospitais da rede”, exemplifica.

O hospital também promove ações para reduzir o consumo de água e energia e evitar o desperdício de alimentos no refeitório. “Essa questão de responsabilidade social tem ultrapassado algumas fronteiras. Isso é percebido por quem está na ponta e também pelo cliente”, diz o superintendente.

E não é só reduzindo custos que o Cias da Unimed Vitória levanta a bandeira da responsabilidade social. O atendimento humanizado ao paciente está inserido na missão da instituição. Entre outras ações, é promovido o Cias da Alegria, em que dois atores percorrem o hospital, duas vezes por semana, fazendo trabalhos manuais com os pacientes. Todo mês, músicos voluntários enchem os apartamentos com os sons de acordeão e violão.

Datas festivas, como Natal e aniversários, também são comemoradas dentro do Cias. Mas uma celebração, em particular, é relembrada com orgulho pelo superintendente. “Um paciente ia e voltava com frequência ao hospital e a noiva não conseguia marcar a data do casamento. Então, ela perguntou se poderia levar um padre para celebrar ali mesmo. Só que nós fizemos uma surpresa: em uma área espaçosa colocamos um tapete, compramos um bolo. Duas colaboradoras nossas foram as damas de honra. Não foi só um casamento dentro do quarto. Eles ficaram super emocionados”, conta Aragão.

Atitudes como essa mostram que o termo “tratamento humanizado” pode deixar de ser um simples clichê na assistência à saúde e ganhar vida, graças à sensibilidade de gestores e colaboradores de uma instituição.

Fonte SaudeWeb

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