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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Estudos comprovam que quem participa de algum grupo preserva a saúde física e mental

Cientistas australianos concluíram que pessoas mais idosas com um amplo círculo de amigos têm 22% menos chance de morrer

Quando o bebê nasce ele ganha uma família de presente. É o primeiro vínculo com um grupo, o primeiro de muitos que virão ao longo da vida. Hoje, há um grande apelo para que as pessoas frequentem atividades em conjunto, sejam elas de apoio, confrarias, convivência, terceira idade. Os objetivos são vários, como dividir hobbies, superar uma situação difícil, encontrar amparo em quem passou por algo semelhante ou simplesmente para fazer fluir os valores. É por meio dessas atividades que as pessoas estão cada vez mais reencontrando a alegria, a motivação e a saúde para a sua vida.

Há opções para todas as idades, gostos e tribos, o que prova que a conexão entre pessoas com interesses comuns, reforçada pelas tecnologias digitais, estimula a arte de não sentir-se só. É a força do coletivo convertido em solução para quem busca equilíbrio emocional.

– O ser humano não vive sozinho. Ele depende dos outros para sobreviver, e só aprende conforme as condições sociológicas dos grupos que ele convive – esclarece a antropóloga da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Jurema Brites.

Outro fator que leva as pessoas a partilharem experiência é a busca por uma vida com menos sofrimento. Diversos estudos apontam que ter amigos faz com que se viva mais: cientistas australianos concluíram que pessoas mais idosas com um amplo círculo de amigos têm 22% menos chance de morrer em comparação com os indivíduos com poucos amigos. E os benefícios a longo prazo são ainda maiores. Em 2010, pesquisadores de Harvard concluíram que fortes laços de amizade mantêm a saúde cerebral conforme envelhecemos. Outra pesquisa, com 15 mil pessoas, mostrou que a memória dos socialmente ativos era melhor do que entre os mais solitários.

Qual a sua tribo?
– Pertencer a um grupo é olhar-se no espelho. A pessoa que está com algum problema passa a “olhar para fora” de si mesmo, e descobre que outros têm os mesmos problemas que ela, processo chamado identificação. É por se espelhar no modelo do outro que a melhora ocorre – justifica a psicóloga e professora da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Jaqueline Manica.

Para haver uma transformação positiva na vida de seus participantes, os grupos devem revelar um jogo emocional capitaneado pela troca de experiências. São elas que vão proporcionar efeitos terapêuticos reais, que vão desde uma maior sociabilidade, liberação de sensação de prazer, passando por autoestima elevada.

– É preciso que se estabeleça uma rede social de apoio. Também é importante haver disponibilidade e abertura para construir-se a interação, compartilhando a escuta e a fala – avalia a professora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Rosemarie Tschiedel.

E até mesmo de um jeito mais informal, o ambiente poderá provocar reflexões e bem-estar.

– Pode, também, ocorrer o oposto, e a pessoa se decepcionar. Por isso é indicado conhecer a proposta do grupo antes de criar grandes expectativas – aponta a psicóloga.

Como acertar
:: Não idealize, assim haverá menos chance de se frustrar;

:: Lembre que você precisa participar, se entregar. E saber ouvir o próximo;

:: Se você é uma pessoa muito solitária, a companhia de outras pessoas pode fazer bem a você. Ou não. Mas vale a pena tentar;

:: Não ache que o grupo vai resolver seus problemas;

:: Lembre que para haver uma transformação positiva, o grupo deve proporcionar troca de experiências, interação;

:: Conheça a proposta do encontro antes de criar expectativas.

Múltiplos benefícios
:: Ganhar em qualidade de vida
:: Superar problemas
:: Dar e receber apoio
:: Sair da “zona de conforto”
:: Refletir sobre si mesmo e sobre os outros
:: Capacidade de tolerar
:: Identificação
:: Mais autoestima
:: Bem estar físico e mental
:: Motivação
:: Troca de experiência
:: Autoconhecimento
:: Vivenciar coisas diferentes
:: Descobrir novas habilidades
:: Aceitar o diferente
:: Novas amizades
:: Crescimento pessoal
:: Compartilhar
:: Cooperar para obtenção de um objetivo comum
:: Diminuição da solidão
:: Obtenção de status

Fonte Zero Hora

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