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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Finalmente teremos avanços na promoção e prevenção em saúde no Brasil ?

Por Alberto Ogata

Recentemente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou, no Rio de Janeiro, um Seminário para Construção de Modelos Assistenciais. Houve um grande interesse pelo tema, com inscrição de operadoras de saúde, profissionais da área e empresas de várias partes do país. O cenário aponta para uma convergência de esforços no campo da promoção e da prevençãoem saúde. Aepidemia de doenças crônicas não transmissíveis motivou a Conferência Geral da Nações Unidas em 2011 e aponta para a necessidade de ações efetivas, em sinergia e buscando boas práticas e as melhores evidências científicas.

Neste evento, a ANS lançou, dentre outras publicações, o Manual Técnico para Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Na Saúde Suplementar (disponível para download no portal da ANS – WWW.ans.gov.br) e uma útil cartilha mostrando o passo-a-passo para a modelagem dos programas. Durante as oficinas, pude constatar que as operadoras de saúde têm seu principal foco nas questões de regulamentação. Trata-se de uma postura previsível, mas surge o grande desafio de se capacitar efetivamente os profissionais destas organizações para que consigam gerenciar os programas com metodologia adequada e eficaz. Neste campo ainda há um longo caminho a percorrer.

De acordo com o editor da revista American Journal Health Promotion, Michael O’Donnell, as empresas ainda realizam ações principalmente de sensibilização e educação, como palestras, distribuição de material informativo, feiras de saúde e sites na internet que tem um impacto de apenas 5% na mudança de comportamento em direção a estilos de vida saudáveis.

Neste contexto, a gestão é, em grande parte, realizada de maneira fragmentada principalmente no que se refere aos programas de promoção de saúde, prevenção de acidentes e a saúde assistencial. Frequentemente as decisões ocorrem em silos diferentes nas organizações, sem indicadores mais amplos que permitam, por exemplo, conhecer os custos totais em saúde.

No entanto, acredito que o cenário é bastante promissor para todos os segmentos do setor de prevenção e promoção da saúde que estão sendo demandados para buscar objetivos comuns e há indícios de ações positivas das lideranças que oferecem governança para suportar este avanço. Neste campo, lançamos um livro pela editora Campus Elsevier – Profissionais Saudáveis, Empresas Produtivas, com Markus Nahas, Lamartine da Costa, Carlos Henrique Fonseca e Antonio Bramante mostrando pesquisas e experiências positivas na promoção da saúde do trabalhador brasileiro.

Fonte SaudeWeb

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