Efe Cirurgia de separação envolveu 45 profissionais e durou cerca de 20 horas |
Meninas nasceram unidas pelo abdômen e foram separadas com sucesso no dia 7 de novembro
As meninas dominicanas María e Teresa Tapia, que nasceram unidas pelo abdômen e foram separadas com sucesso no dia 7 de novembro num hospital de Richmond, nos Estados Unidos, receberam alta nesta sexta-feira.
Na entrevista coletiva no hospital onde foi realizada a operação, Lisandra Sanatis, mãe das meninas, agradeceu aos médicos, enquanto as duas crianças, que ainda não completaram dois anos de idade, sorriam e batiam palmas para as câmeras.
"Agradeço a Deus e a todos que tornaram isso possível", disse Lisandra com a ajuda de um intérprete.
Por sua vez, David Lanning, que liderou a equipe de 45 médicos e especialistas que participou da intervenção, afirmou que as meninas tiveram uma boa recuperação e provavelmente não irão necessitar de tratamento a longo prazo.
"Elas terão uma vida longa e saudável", declarou Lanning, que se mostrou satisfeito com os resultados da operação.
O médico afirmou que as meninas permanecerão em Richmond para acompanhamento médico, mas poderão retornar ao seu país antes do Natal.
As gêmeas nasceram unidas pela parte baixa do peito e do abdômen. A operação durou cerca de 20 horas. Segundo um comunicado do hospital, as meninas dividiam o fígado, parte do sistema biliar, as glândulas do pâncreas e a parte superior do intestino delgado.
Lanning explicou que um dos maiores desafios da equipe médica foi o fato de María ser cerca de 20% menor do que Teresa, pois não conseguia receber a nutrição necessária pela forma como estavam unidas.
Três semanas após a operação, os órgãos de ambas as meninas funcionam normalmente e ambas estão fazendo sessões de fisioterapia para que no futuro possam se sentar e caminhar por conta própria.
Fonte Estadão
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