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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Cirurgia bariátrica melhora expectativa de vida e ajuda no controle de doenças relacionadas à obesidade

Documento divulgado pela Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica destaca também que cirurgia reduz também o risco de morte prematura em obesos


Um documento divulgado pela Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica revelou que os benefícios da cirurgia de redução do estômago vão muito além do controle de peso dos pacientes com obesidade mórbida.

De acordo com o documento, que tem como base a análise de relatórios de estudos clínicos e informações da Agência do Governo dos Estados Unidos de Investigação de Saúde e Qualidade de Vida, a operação reduz em 35% o risco de morte prematura e melhora em 89% a expectativa de vida do paciente. Outro benefício do procedimento é a melhora ou controle de 30 doenças relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, e apneia do sono.

No caso do diabetes tipo 2, 90% dos pacientes conseguem controlar a doença após a cirurgia bariátrica. Três tipos de operação se mostram eficientes no controle do diabetes. Segundo o o cirurgião bariátrico Roberto Rizzi, todas elas criam um atalho para o alimento, que é desviado do duodeno e chega antes à parte final do intestino.

— Esse desvio altera a secreção de alguns hormônios intestinais, como o GLP-1, cujo aumento estimula a produção de insulina, resultando na melhora ou até mesmo no controle do diabetes tipo 2 — explica Rizzi.

O estudo mostra ainda que a cirurgia reduz em 60% o risco de desenvolvimento de câncer, a apneia obstrutiva do sono é reduzida em 85% dos pacientes e o risco de desenvolver doença arterial coronariana cai em 56%.

A diminuição do estômago é recomendada quando o índice de massa corporal (IMC) é maior que 40kg/m² em homens e mulheres com mais de 18 anos. O procedimento pode ser recomendado, ainda, se o IMC estiver entre 35kg/m² e 40kg/m² e o paciente em questão tiver diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono, hérnia de disco ou outras doenças associadas à obesidade. Nos casos em que o IMC do paciente fica entre 35 e 40 é preciso uma avaliação prévia e individualizada para ver se a cirurgia bariátrica é recomendável.

— A cirurgia bariátrica é a última opção para o paciente que já tentou, sem sucesso, reduzir peso por métodos tradicionais — destaca o cirurgião.

Fonte Zero Hora

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