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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Radioterapia contra câncer de mama pode aumentar risco de doenças cardíacas

No entanto, o tratamento continua sendo uma boa opção na luta contra a doença

Mulheres que tiveram câncer de mama no lado esquerdo do corpo e que foram tratadas com radioterapia precisam ficar mais atentas à saúde cardíaca. Segundo estudo publicado no Journal of Clinical Oncology e realizado por pesquisadores da University of North Carolina e do Lenox Hill Hospital, ambos nos Estados Unidos, essas mulheres podem ter maior risco de desenvolverem estreitamento das artérias que levam sangue ao coração. 

A conclusão foi obtida através da análise de 8.190 mulheres suecas que tiveram câncer de mama entre 1970 e 2003. Dessas, 199 passaram por angiografia coronária, o que sugere uma doença do coração considerável. O estreitamento das artérias coronárias (chamado de estenose) é classificado em uma escala de zero a cinco, onde zero indica um vaso sanguíneo saudável, enquanto cinco indica um vaso sanguíneo bloqueado. 

Quando os pesquisadores compararam mulheres que passaram por radioterapia do lado esquerdo do corpo contra aquelas que receberam do lado direito, descobriram que a ocorrência de estenose entre os graus três e cinco nas artérias do lado esquerdo era 4,38 vezes maior nas que receberam radioterapia do lado esquerdo. Já a incidência de estreitamentos de níveis quatro ou cinco foi de 7,22 vezes maior para essas mesmas mulheres. 

Os resultados também mostraram que, nas mulheres que receberam radiação em áreas próximas às artérias do coração, ou seja, em áreas de alto risco, o risco de um estreitamento de grau três a cinco foi quase duas vezes maior do que naquelas que passaram por radiação em áreas de baixo risco ou que não fizeram radioterapia. 

Como a radioterapia ainda é uma das melhores formas de tratamento, os pesquisadores ressaltam que essas mulheres que passaram pela radiação do lado esquerdo devem estar mais atentas ao risco cardíaco, devendo acompanhar essa questão mais de perto junto ao seu médico. 

 

Efeitos adversos do tratamento do câncer de mama

É difícil limitar os efeitos do tratamento do câncer apenas às células cancerosas que são retiradas ou destruídas. Como as células e tecidos sadios também podem ser afetados, o tratamento frequentemente causa efeitos adversos, que variam para cada indivíduo e para cada tipo de tratamento. A seguir, o ginecologista e mastologista Roberto Hegg fala mais sobre eles: 

Cirurgia: causa dor e uma maior sensibilidade no local da operação. A retirada de uma mama pode eventualmente causar um desvio de peso da mulher com conseqüente desbalanço especialmente se a mulher tem mamas grandes que pode causar desconforto no pescoço e na região dorsal da mulher. Após uma mastectomia, algumas mulheres apresentam alguma redução na força e na limitação dos movimentos transitoriamente. 

Radioterapia: o efeito adverso mais comum é a fadiga e que na região tratada a pele se torne vermelha, seca, sensível e pigmentada. Ao final do tratamento a pele poderá se tornar úmida e com drenagem de secreção. É indicado que por um período a paciente vista roupas de algodão mais largas e consulte seu médico antes de utilizar qualquer produto sobre a área tratada. 

Quimioterapia: normalmente neste tratamento as drogas afetam as células sanguíneas. Perda de apetite, náusea e vômitos ou ulcerações na boca também podem ocorrer. Como resultado da quimioterapia, os pacientes também podem apresentar perda de cabelo. Esses efeitos adversos geralmente desaparecem durante o período de recuperação ou após a suspensão do tratamento. Com a quimioterapia moderna, raramente os efeitos adversos duram muito tempo. 

Terapia hormonal: pode causar vários efeitos adversos, que dependem em grande parte da droga específica ou do tipo de tratamento, podendo variar de paciente para paciente. O tamoxifeno é o tratamento hormonal mais frequente, e pode causar acessos de calor, secreção ou irritação vaginal e ciclos irregulares, portanto mulheres que fazem uso deste hormônio devem discutir com seu médico sobre métodos de controle. 

Fonte Minha Vida

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