Um estudo, que acompanhou mais de 2 mil adolescentes durante dez anos, mostra que meninas obesas que emagrecem, apesar de sentirem os benefícios físicos da perda de peso, não apresentam melhora na autoestima. Na realidade, elas continuam a se enxergar gordas.
O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Purdur, nos EUA, foi feito com base em dados de uma pesquisa nacional realizada entre os anos de 1980 e 1990. Publicado no periódico Journal of Health and Social Behavior, ele mostra que há uma diferença na autoestima entre meninas caucasianas e negras – as negras tendem a ter uma maior autoestima. No entanto, mesmo com as mudanças no índice de massa corporal (IMC), tanto as adolescentes caucasianas como as negras continuaram a se sentir gordas mesmo depois de terem emagrecido
Para a autora do estudo, Sarah Mustillo, o resultados sugerem que o acompanhamento psicológico nesta fase é necessário, inclusive para evitar desistências. “Compreender e tratar a imagem corporal, identidade e autoestima são questões que poderiam definitivamente ajudar a manter a perda de peso. Afinal, por que continuar “sofrendo” com a dieta e os exercícios se você ainda vai se ver como gorda?”, aponta.
Sasha destaca ainda que mais pesquisas são necessárias para entender por que as meninas se sentem assim – principalmente porque hoje o índice de obesidade é ainda maior em comparação à década de 1990 -, mas ela acredita que isto pode ser difícil de superar uma vez que a sociedade está cheia de estereótipos negativos e mensagens sobre obesidade.
“Estudos mostram que as crianças internalizam estes estereótipos e percepções negativas de pessoas obesas antes mesmo de se tornarem obesas. Então, quando elas engordam, elas entram neste estado estigmatizado e isto afeta o seu sentido de autoestima”, diz. “Se estão ganhando ou perdendo peso, a mensagem negativa que eles têm interiorizado, este sentimento de inutilidade, pode simplesmente permanecer”, finaliza.
Fonte O que eu tenho
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