Uma pessoa precisaria beber mais de 2.900 latas por 70 anos para estar em perigo
As empresas Coca-Cola e Pepsi mudarão o processo de produção de um de seus corantes para evitar colocar em suas garrafas rótulos de advertência sobre ingredientes cancerígenos, informou nesta sexta-feira (9) à Agencia Efe a Associação Americana de Bebidas (ABA, na sigla em inglês).
O corante de caramelo destas bebidas conterá a partir de agora níveis mais baixos de 4-metilimidazol (4-MEI), um composto químico que foi acrescentado à lista de substâncias cancerígenas no Estado da Califórnia.
"A Pepsi e a Coca-Cola pediram a seu fornecedor de corantes que diminua os níveis deste composto para evitar colocar estes rótulos, algo que será aplicado em todo o país, mas isto não quer dizer que a fórmula das bebidas será alterada", explicou a ABA.
As mudanças já foram feitas para as bebidas produzidas na Califórnia, e serão estendidas ao restante do país.
"A ciência simplesmente não mostra que o 4-MEI seria uma ameaça para a saúde humana quando utilizado em alimentos ou bebidas. De fato, os resultados das agências reguladoras no mundo todo, incluindo nos EUA e Canadá, consideram que o corante de caramelo é seguro", acrescenta a associação.
A ABA insiste que o Estado da Califórnia acrescentou este componente à lista de elementos cancerígenos sem nenhum respaldo científico.
"Uma pessoa precisaria beber mais de 2.900 latas de Coca-Cola por dia durante 70 anos para alcançar a dose mais baixa desse componente registrada entre os ratos utilizados neste estudo que gerou a decisão da Califórnia", explicou a ABA.
Segundo a associação, as duas companhias continuarão usando o corante de caramelo em certos produtos, como é habitual, e os consumidores "não notarão nenhuma diferença, nem terão que se preocupar com qualquer problema de saúde".
Fonte R7
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