Uma equipe de médicos da Universidade de Chicago, em Illinois (EUA), conduziram uma pesquisa para descobrir o que eles consideram uma grave falha profissional: aparentemente, ginecologistas não costumam saber em detalhes a vida sexual de suas pacientes.
Os pesquisadores realizaram uma série de entrevistas com 1.154 médicos pelo país, com o intuito de compreender como tem sido a comunicação dos ginecologistas com as mulheres que eles atendem. Os números, conforme eles apuraram, são alarmantes. A única pergunta que a maioria dos médicos fez a suas pacientes foi se elas eram sexualmente ativas ou não.
Mas o conhecimento parou por aí: apenas 28% dos médicos sabiam a orientação sexual das mulheres, 25% desaprovavam as práticas sexuais delas e não mais do que 14% fizeram perguntas a respeito de prazer na atividade sexual.
Esta falta de informações detalhadas leva a uma maior margem de erro em diagnósticos, conforme explicam os pesquisadores. Um terço das mulheres jovens e metade das mulheres mais velhas tendem a enfrentar problemas como dor durante o ato sexual, falta de desejo ou ausência de orgasmos.
Os estudos mostraram que ginecologistas homens são naturalmente menos propensos, por timidez, a fazer perguntas minuciosas sobre a atividade sexual, e médicos acima dos 60 anos evitam perguntas sobre orientação sexual e outras questões deste âmbito. Além disso, tendem a não fazer perguntas a respeito de temas adjacentes como peso e consumo de álcool, tabaco e drogas.
Por esta razão, os pesquisadores aconselham não apenas que os médicos sintam-se encorajados a entender particularidades sobre a vida de suas pacientes, mas que elas também procurem dar abertura e fornecer detalhes que considerem importantes. Somente desta forma, conforme eles defendem, é possível haver diálogo que aprimore o atendimento das mulheres. [NPR]
Fonte Hypescience
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