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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cavalo entra no tratamento de doenças da moda, como hiperatividade

A equoterapia é reconhecida como ferramenta terapêutica pelo Conselho Federal de Medicina desde 1997, mas a difusão da técnica no Brasil é bem recente.


"Hoje temos quase 5.000 praticantes no Estado de São Paulo. Há cinco anos, não passavam de 1.500", diz a psicopedagoga Liana Santos, da Ande-Brasil (Associação Nacional de Equoterapia).

O número de profissionais que procuram especialização na área (entre fisioterapeutas, psicólogos e instrutores de equitação) também cresceu. Quando começou a dar os cursos de formação da Ande, em 2000, Santos tinha 250 alunos. Nos últimos quatro anos, formou mais de 7.000 especialistas.

O objetivo, agora, é incluir a equoterapia nos cursos regulares de fisioterapia e terapia ocupacional e nos planos de saúde, segundo Santos.

Concentração
"Terapia com bicho está na moda, as pessoas estão procurando mais tratamentos alternativos", acredita a terapeuta ocupacional Luciane Padovani.

A demanda também aumentou porque a técnica se mostrou eficaz para alguns distúrbios da modernidade. Em especial, o transtorno de deficit de atenção, que tem deixado pais e professores de cabelos em pé e causado polêmica em torno do uso ou não de medicamentos.

Uma característica da equoterapia que colabora no tratamento desses casos é o que especialistas chamam de conjunto "cavaleiro-cavalo".

Quem monta tem que se concentrar, ficar focalizado no cavalo, senão ele empaca. E é mais fácil exercitar a concentração quando a resposta (o que os psicólogos chamam de "feedback") é imediata.

"Essa resposta concreta faz toda a diferença quando queremos atuar nos comportamentos", diz Santos.

Fonte Folhaonline

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