Total de vítimas da doença em 2012 chega a 31.176 na capital fluminense
Entre os dias 1º e 7 de abril, 3.317 pessoas foram contaminadas pelo vírus da dengue na cidade do Rio de Janeiro. Em média, a doença atingiu na última semana 473 vitimas por dia. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, foram registrados no município, desde o início do ano até o último sábado (7), 31.176 casos.
O Rio é a única cidade do Estado a registrar presença dos tipos 1,3 e 4 de dengue. De acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira (9), o número de seis mortos na cidade por causa da doença não foi alterado.
Em todo o Estado, até a divulgação do boletim do último dia 4, haviam sido registrados 38.527 casos da doença, com sete mortes — seis na capital e uma em Niterói, na região metropolitana.
O tipo 1 da doença foi identificado em Barra do Piraí, Itaboraí, Mesquita, Nova Iguaçu, Valença e Vassouras. Há notificações do tipo 4 em Belford Roxo, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, São Gonçalo e São João de Meriti.
Dengue pode ser mais grave em pessoas com problema de coração
Especialistas da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro chamaram a atenção para o aumento do risco da doença em pessoas com doenças cardiovasculares. Segundo eles, esses pacientes podem ter o quadro agravado, principalmente em relação à queda da pressão arterial e síndrome do choque. A maior preocupação é com pessoas que já fazem uso de anticoagulantes e antiagregantes, medicamentos que evitam a formação de coágulos nas artérias, por tornarem o sangue “mais fino”.
Como o vírus da dengue ataca as plaquetas, que são responsáveis pela coagulação sanguínea, e o uso desses medicamentos também reduz a quantidade dessas células, existe um risco aumentado de hemorragias, como explicou o médico Wolney Martins.
– Somente um especialista pode determinar como será o tratamento de cada paciente. Na grande maioria dos casos, o benefício trazido pelos antiagregantes e anticoagulantes é superior ao risco de sangramento e, dessa forma, mantém-se a utilização desses medicamentos durante a dengue.
Nas situações quando o risco de sangramento ultrapassa o benefício que o medicamento traz, é preciso recorrer à suspensão temporária, com retorno após a recuperação da dengue.
Fonte R7
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