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terça-feira, 10 de abril de 2012

Obesidade na gravidez aumenta risco de autismo no bebê

Um novo estudo publicado na revista "Pediatrics" mostra que mulheres obesas durante a gravidez tiveram uma chance 67% maior de terem crianças com autismo do que aquelas com peso normal.

Elas também tiveram o dobro do risco darem à luz filhos com outros transtornos de desenvolvimento.

Dados recentes do governo dos EUA mostram que nasce uma em 88 crianças nasce com autismo. A pesquisa sugere que a obesidade durante a gravidez aumenta esse chance para uma em 53.

Paula Krakowiak, coautora do estudo e cientista da Universidade da Califórnia, afirma que o resultado é preocupante, já que mais de um terço das mulheres americanas na idade adequada para dar a luz são obesas, e que isso adiciona outro incentivo para a manutenção de um peso adequado.

Pesquisas já ligaram anteriormente a obesidade durante a gravidez a problemas, como malformações congênitas e nascimentos prematuros.

Daniel Coury, chefe da pediatria do Nationwide Children's Hospital, em Columbus, Ohio, disse que os resultados "elevam bastante a preocupação [do risco de nascimento de crianças com autismo]." Ele notou que os níveis do transtorno nos Estados Unidos têm aumentado juntamente com os índices de obesidade. Apesar de o médico não ter participado dos estudos, ele sugere que isso seja mais do que uma simples coincidência.

Mais pesquisas são necessárias para confirmar os resultados, mas Coury afirma que se a obesidade materna está realmente relacionada ao autismo, ela seria apenas um dos muitos fatores que contribuiriam para esse aumento.

A genética tem sido ligada ao transtorno, e cientistas examinam se doenças das mães e o uso de certos medicamentos durante a gravidez podem também ser parte do problema.

O novo estudo envolveu cerca de mil crianças na Califórnia com idades entre dois e cinco anos. Aproximadamente 700 tinham autismo ou outros atrasos no desenvolvimento.

As mães foram questionadas sobre a saúde das crianças, e mais da metade teve a confirmação de exames médicos. Ainda não está claro como a obesidade materina pode afetar o desenvolvimento do feto, mas os autores sugerem algumas teorias.

Um excesso de peso de 16 quilos pode aumentar inflamações e, em alguns casos, elevar níveis de açúcar no sangue. O excesso de açúcar no sangue e as substâncias relacionadas às inflamações podem atingir o feto e danificar o cérebro em desenvolvimento, diz Krakowiak.

O estudo carece de informações de testes sanguíneos. Não há também nenhuma informação sobre dietas e outros hábitos durante a gravidez que podem ter influência no desenvolvimento do bebê.

Fonte Folhaonline

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