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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pacientes internados conquistam direito a acompanhamento de dentista

Estudos comprovam que a higiene bucal deficiente em pessoas hospitalizadas, em especial os internados em UTIs, pode agravar o quadro clínico e ocasionar outras infecções

Foi aprovado na última quinta-feira (19) por unanimidade no Congresso o Projeto de Lei 2776/08, que torna obrigatória a presença de cirurgiões-dentistas nas UTIs. O beneficio é para os pacientes internados, que, muitas vezes, têm suas doenças agravadas em decorrência de más condições orais.

Estudos comprovam que a higiene bucal deficiente em pacientes hospitalizados, em especial os internados em UTIs, pode agravar o quadro clínico, ocasionar outras infecções, especialmente as respiratórias, e contribuir para o óbito do doente. A pneumonia hospitalar (infecção nosocomial), que se instala após 48 horas da internação do paciente, é responsável por 10% a 15% de todas as infecções adquiridas em hospitais e de 20% a 50% dos óbitos dos pacientes que a contraem.

Alguns hospitais já contam com esse profissional contratado. A Santa Casa de Barretos atua com esses profissionais na UTI. De acordo com a presidente do departamento de odontologia da AmIB, Teresa Márcia de Morais, o obstáculo mais enfrenta­do pelo cirurgião-dentista para integrar essas equipes é a baixa prioridade do procedimento odontológico diante dos numero­sos problemas apresentados pelo paciente

Teresa Márcia conta que com o constante surgimento de evidências científicas que respaldam o papel nocivo dos comprometimentos e das infecções dentárias e bucais para a degradação do estado geral dos pacientes alocados nas UTIs, a odontologia passa a dividir responsabilidades, com outros integrantes das equipes de saúde – especialmente nas questões referentes ao controle das infecções e da melhor oferta de conforto a esses pacientes.

Altos custos
Os doutores Luiz Claudio Borges Silva de Oliveira, professor assistente de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo (RJ) e Ricardo Guimarães Fischer, diretor do Instituto de Odontologia da PUC-RJ, calculam que a pneumonia nosocomial (que se instala no mínimo após 48 horas da internação do paciente) é responsável por 10% a 15% de todas as infecções adquiridas em hospitais e de 20% a 50% dos óbitos dos pacientes que a contraem.

Segundo eles, estimativas indicam que nos EUA ocorrem mais de 300 mil infecções respiratórias hospitalares a cada ano, resultando em 20 mil mortes e gastos aproximados de US$ 2 bilhões em cuidados hospitalares. A doença também aumenta os custos hospitalares uma vez que prorroga, em média, de 10 a 13 dias a estada hospitalar de pacientes entubados. Estima-se que cada paciente com pneumonia em UTI tem o custo aumentado em mais de R$7.000,00, valor que, se pago a um único dentista, poderia garantir os cuidados necessários a dez doentes.

Fonte SaudeWeb

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