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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Taxa de obesidade bate recorde no País

Novo estudo do Ministério da Saúde mostra que 15,8% dos brasileiros são obesos, o maior índice da história;49% estão acima do peso

A taxa de obesidade bateu recorde histórico no País. Novo estudo do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (10) mostra que o índice alcançou a marca de 15,8% da população, cerca de 30 milhões de pessoas. Na última pesquisa – referente ao ano 2010 – eles somavam 15%. Em 2006, a porcentagem era de 11,4%.

As mulheres superam ligeiramente os homens nesta estatística. Entre elas, o índice de obesidade é de 16% e neles a marca chega a 15,7%. Além da obesidade, também foram divulgados os números de sobrepeso, quando os ponteiros da da balança estão em desacordo com a altura (quando o Índice de Massa Corporal ou IMC é maior do que 25). Esta condição já aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, e afeta quase metade da população, 49% do total.

O número cresce em média um ponto percentual por ano. Os homens, nesta categoria de sobrepeso, são os que mais estão acima do ideal. Em 2006, eles representavam 47% da população, mas, em 2011, esse número cresceu para 52%. O excesso de peso no sexo masculino começa cedo, na faixa dos 18 aos 24 anos, 29,4% já estão nessa condição. Entre as mulheres, 45% apresentam IMC alto (contra 39% em 2006).

 

Evolução da obesidade e excesso de peso no País


Os dados do Vigitel mostram que, desde 2006, o número de brasileiros com excesso de peso e obesos aumentou (em %).
Vigitel 2011 / Ministério da Saúde

“Agora é hora de reverter essa tendência, se não quisermos chegar a patamares como os da Argentina, Chile e Estados Unidos”, afirmou o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. De acordo com o ministério, a obesidade atinge 20,5% dos argentinos, 25,1% dos chilenos e 27,6% dos americanos. Para isso, o ministro acredita que é importante investir em campanhas para mudanças de hábitos dos brasileiros.

“Criar espaços públicos para a prática de atividade física, como as academias de saúde, e investir nas políticas para que a indústria produza alimentos mais saudáveis são essenciais”, afirma.

O estudo é chamado de Vigilância de Fatores de Risco (Vigitel). Para chegar ao raio X, pesquisadores do Ministério ouviram, por meio de um inquérito telefônico, 54.144 pessoas, entre janeiro e dezembro do ano passado, todas maiores de 18 anos e moradoras das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal.

Alimentação e atividade física
A pesquisa mostrou que os hábitos alimentares dos brasileiros não têm mudado de forma significativa nos últimos anos. Apenas um terço da população (30,9%) consome frutas e hortaliças regularmente (cinco ou mais porções por semana) e 20,2% cumprem a dieta recomendada de cinco ou mais porções de frutas e hortaliças diariamente.

Por outro lado, 34,6% dos brasileiros admite consumir carnes com excesso de gorduras, 56,9% não dispensa o leite integral e um terço da população (29,8%) bebe refrigerantes pelo menos cinco vezes por semana. Os homens se alimentam pior. O consumo de carnes gordurosas é feito por 45,9% deles, enquanto o índice entre as mulheres cai para 24,9%. Eles comem menos hortaliças e frutas e tomam mais refrigerante e leite integral.

“Os hábitos estão ligados a mudanças culturais, que levam mais tempo para serem aferidas, por isso não tivemos mudanças significativas de 2006, quando o Vigitel começou a ser feito, para cá”, comenta o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Barbosa comemorou outro resultado da pesquisa: o sedentarismo entre a população brasileira caiu. Em 2006, esse índice era de 15,6%. Agora, está em 14%. A prática regular de atividade física é considerada fundamental para a prevenção de doenças crônicas – cardiovasculares, câncer, hipertensão e diabetes – e no combate à obesidade.

Os homens adultos lideram as estatísticas sobre a prática de exercícios físicos por lazer: 39,6% deles se exercitam por diversão, enquanto o índice entre as mulheres é de 22,4%. Florianópolis (SC) é capital em que mais pessoas (41% da população) praticam atividades físicas no tempo livre. Porto Velho (RO) aparece no lado oposto da lista: apenas 26% dos habitantes têm o mesmo hábito.

Escolaridade
A pesquisa demonstrou a forte ligação entre escolaridade, excesso de peso e os hábitos alimentares e de prática de atividade física dos brasileiros. Mais da metade (52%) da população com menos de oito anos de estudo está acima do peso. O número cai para 47% entre quem tem mais de 12 anos de estudo.

A escolaridade, no entanto, tem efeito contrário quando o recorte é feito por sexo. Entre os homens mais escolarizados (mais de 12 anos de estudo), 60% estão com excesso de peso e 17% estão obesos. A taxa cai para 51% e 16% entre os menos escolarizados.

Com as mulheres, o fenômeno é inverso. Quanto mais escolarizadas e, segundo o ministério, com mais acesso a informação, mais magras são elas. Entre aquelas com mais de 12 anos de estudo, 35% estão fora do peso ideal e 11% obesas. O número de sobrepeso sobe para 52% entre as menos escolarizadas e, de obesidade, para 20%.

Na alimentação, o estudo demonstrou que as pessoas menos escolarizadas são as que mais consomem leite integral, carne com excesso de gordura e menos hortaliças e frutas. O bom hábito dessa parcela da população que supera o da mais escolarizada é o consumo de feijão.

 

Escolaridade X alimentação saudável


Há diferenças de hábitos alimentares entre as pessoas que têm menos e mais instrução formal, exceto no consumo de refrigerantes (em %)
Vigitel 2011 / MInistério da Saúde

A escolaridade também é determinante na prática de atividade física. Entre os brasileiros que estudaram mais de 12 anos, 42,1% faz algum tipo de exercício. O percentual cai para 24% entre quem estudou até oito anos.

Capitais
Porto Alegre (RS) é a capital com mais pessoas acima do peso: 55%. Fortaleza (CE) aparece em segundo lugar, com 54% de prevalência de adultos com sobrepeso. Duas capitais, Palmas (TO) e São Luiz (MA), são as que tiveram menor número de pessoas com excesso de peso: 40% da população.

A obesidade é mais frequente em Macapá e Porto Alegre, com 21% e 20%, respectivamente. Novamente a capital do Tocantins, Palmas, aparece como a cidade com menos obesos (12,5%), seguida por Teresina (13%) e São Luís (13%).

Fonte iG

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