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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Portugal: S. João aposta no negócio do sangue

O Hospital de São João, no Porto, quer investir no sangue e já está a obter os primeiros resultados. Em 2011 pagou ao Instituto Português do Sangue (IPS) 250 mil euros pelo produto biológico e seus derivados mas, este ano, já é auto-suficiente e está a fornecer outros hospitais. A venda do produto já rendeu "125 mil a 175 mil euros", afirmou o presidente do conselho de administração, António Ferreira, em entrevista à Antena 1.

O responsável do maior Hospital da região Norte sublinhou que "é necessário eliminar os constrangimentos na acessibilidade e, com a nossa gente, vamos criar um superavit [excedente] de sangue para o nosso Hospital e para todo o País". O gestor sublinhou que, para sair da crise das dádivas, que se registou em 2011 e levou a uma redução de "10 a 15 por cento", é necessário motivar as pessoas.

Para isso, vai iniciar em breve uma campanha que começa por "mobilizar os 5875 funcionários do Hospital para que doem sangue". Em simultâneo, o Hospital vai promover brigadas de recolha de sangue junto das empresas e das populações. "Vamos ajudar as pessoas, que não têm de ser penalizadas por darem sangue", sublinhou António Ferreira. O gestor reconheceu uma maior dificuldade na acessibilidade dos dadores à dádiva quando "têm de sair dos seus empregos para ir dar sangue ao hospital e ainda têm de pagar os transportes e as taxas" moderadoras. Para realizar as campanhas, o São João vai contar com a colaboração da Liga dos Ami-gos e o apoio financeiro de patrocinadores.

A diminuição nas dádivas de sangue obrigou também o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a reactivar o serviço de recolha de sangue e a promover campanhas públicas, segundo apurou o CM. Já o Hospital de São José garante que a sua estrutura organizativa e a interligação directa com o Instituto do Sangue "permite manter os níveis de reservas controlados".

Hospitais enviam SMS para chamar os doadoresO presidente da Federação das Associações de Dadores de Sangue, Joaquim Alves, afirmou ao CM que "com alguma frequência os hospitais têm de recorrer ao apelo directo para conseguir ter sangue para as necessidades e, por isso, enviam SMS para os dadores".

Recorde-se que, no início do ano, alguns hospitais adiaram cirurgias não urgentes, porque as reservas de sangue baixaram, devido à introdução de taxas moderadoras para os dadores de sangue.

Fonte Correio da Manhã

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