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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Retina eletrônica devolve parte da visão a dois pacientes cegos

Microchip capaz de transformar a luz em impulsos elétricos que o cérebro consegue reconhecer foi implantado detrás da retina de pacientes que sofriam de doença degenerativa

Uma espécie de retina eletrônica conseguiu restaurar parte da visão de dois homens com cegueira total, segundo anunciaram nesta quinta-feira, 3, médicos do King's College Hospital, em Londres, responsáveis pelo primeiro teste clínico com a nova tecnologia no Reino Unido.

Um microchip de três milímetros, capaz de transformar a luz que penetra no globo ocular em impulsos elétricos que o cérebro consegue reconhecer, foi implantado detrás da retina dos pacientes, que ficaram cegos devido a uma doença degenerativa.

Segundo a descrição feita pelos pacientes, o dispositivo permitiu aos dois homens perceber "flashes de luz", o que facilita a observação de objetos de cor branca sobre um fundo negro.

Chris James e Robin Millar, que receberam os implantes em meados do abril, relataram também uma série de efeitos inesperados. Os resultados foram descritos pelo professor de Oftalmologia na Universidade de Oxford, Robert McLaren, como "extraordinários".

Um dos pacientes contou aos médicos que agora tem sonhos coloridos, algo que não ocorria desde que perdeu a visão em função de uma doença chamada retinose pigmentária.

O homem contou que agora é capaz de detectar de onde vem a luz que entra pelas janelas quando está dentro de um quarto. "Desde que colocaram o dispositivo posso detectar a luz e distinguir a figura de certos objetos, é promissor. Parece que uma parte do meu cérebro que estava adormecida foi despertada", explicou Millar, um produtor musical de 60 anos.

"É algo que talvez não cause assombro na maioria das pessoas, mas para um cego, ser capaz de se orientar por si mesmo num quarto, reconhecer onde estão as portas e janelas é algo singularmente útil", afirmou McLaren.

Tim Jackson, cirurgião do King's College Hospital, ressaltou que o tratamento ainda está em seu estágio inicial e seu objetivo é melhorar "em grande medida a vida das pessoas com retinose pigmentária".

Os responsáveis do estudo disseram que no futuro a tecnologia poderá ajudar no tratamento de formas mais comuns de cegueira progressiva. Outros dez pacientes britânicos receberam os chips.

Até o momento, no entanto, eles só foram usados em pessoas com retinose pigmentária, uma doença que afeta um em cada quatro mil europeus.

Fonte Estadão

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