Pesquisa revel que mulheres que param de menstruar antes dos 46 anos devem fazer esforços extras para reduzir risco cardiovascular
Mulheres que passam pela menopausa antes dos 46 anos de idade são duas vezes mais propensas a ter ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC). É o que sugerem pesquisadores da Universidade do Alabama em Birmingham, nos Estados Unidos.
Os resultados, publicados no jornal Daily Mail, mostram que mulheres que apresentam menopausa precoce devem fazer esforços extras para reduzir seu risco cardiovascular.
Para a pesquisa, Melissa Wellons e sues colegas avaliaram 2.509 mulheres, incluindo 331 chinesas, 641 negras e 550 mulheres hispânicas, sem doença cardiovascular que foram acompanhadas por cinco anos. Cerca de 700 (28%) pararam de menstruar antes dos 46, sendo que a média de idade para entrar na menopausa é 51 anos.
Os cientistas constataram que 3,3% das participantes com menopausa precoce sofreram paradas ou ataques cardíacos ou morreram de doenças do coração. Enquanto isso, apenas 1,5% do grupo que não parou de menstruar de forma precoce teve problemas coronarianos.
A pesquisa mostrou ainda que 2,6% das mulheres com menopausa antes dos 46 anos tiveram um AVC, em comparação com 1% do outro grupo.
"Aconselho as mulheres em menopausa precoce a verificar seus fatores de risco tradicionais sempre e a adquirir hábitos que sabemos que podem reduzir a chance de desenvolver doenças do coração, como manter o colesterol e a pressão sanguínea sob controle", afirma Wellons.
Segundo os pesquisadores, não está claro por que a menopausa precoce pode estar ligada a doenças cardiovasculares. Alguns cientistas têm teorizado que o estrogênio poderia ter importância já que os níveis hormonais caem após a menopausa, no entanto um estudo sobre reposição hormonal foi interrompido porque as voluntárias mostraram maior risco de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer.
"Também pode ser uma associação genética, na qual os genes que estão relacionados com a função ovariana também estão associados com doença cardiovascular", observa Wellons.
A equipe ressalta que mais pesquisas são necessárias antes que os médicos possam saber como intervir para tentar reduzir o risco maior de doenças cardíacas entre as mulheres com menopausa precoce.
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