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terça-feira, 3 de julho de 2012

Quando a tecnologia móvel inteligente encontra a boa ciência

Tablets, smartphones e apps móveis têm o potencial de melhorar o cuidado do paciente, mas sem qualidade de pesquisa clínica para os apoiar, pode ser um desperdício de receita

Um artigo recente no New York Times listou inúmeras ferramentas de TI interessantes, incluindo pequeno glicosímetro que se conecta a um iPhone ou iPod Touch, um medidor de pressão que se ata ao smartphone e um app que lembra o paciente de tomar sua medicação.

Mas uma coisa que tem que ser mencionada é que as melhores ferramentas móveis de saúde têm suporte de pesquisa médica.

Um exemplo: DiabetesManager da WellDoc. Durante um ano de estudo, a médica Charlene Quinn e seus colegas da escola de medicina University of Maryland descobriram que seus pacientes que tinham acesso ao app móvel da WellDoc para tratamento e treinamento de comportamento, baixaram sua hemoglobina glicosilada (A1c) – uma medida de longo termo de controle de glicose no sangue – significativamente mais do que os que se consultaram ocasionalmente com médicos e por meio de autogerenciamento.

Durante os testes, pacientes foram divididos em quatro grupos: um grupo de controle recebendo o método tradicional, por meio de cuidado em consultório; um grupo com o treinamento WellDoc e um portal de rede seguro para comunicação com seus médicos; um terceiro usando o sistema WellDoc por meio do qual seus médicos podiam acessar os dados inseridos; e um quarto usando WellDoc e trabalhando com médicos que apoiavam suas decisões em dados padrões de cuidado e guias de cuidado com base em evidências.

Todos os pacientes do estudo usaram glicosimetros. Os indivíduos do grupo experimental também receberam telefones móveis com plano de serviço e dados, além de software de gerenciamento móvel de diabetes WellDoc que entrega mais de 1.000 mensagens de autogerenciamento, especificados por algoritmos que consideram fatores como os níveis de glicose no sangue, medicações e consumo de carboidrato. O portal de rede incluía registros pessoais de saúde para relatórios de informações relacionadas ao diabetes, como resultados de exames.

O estudo, que foi publicado em setembro de 2011 na revista Diabetes Care, descobriu que o grupo cujos médicos tinham acesso ao suporte das decisões clínicas teve sua taxa A1c baixadas em 1,9%, enquanto os pacientes no grupo de controle teve uma redução de apenas 0,7%. Pacientes dos grupos intermediários, que também usaram o sistema WellDoc, tiveram melhores leituras da taxa, quando comparados ao grupo de controle.

Um estudo de tecnologia móvel reportada recentemente na Archives of Internal Medicine, também enfatiza o valor da pesquisa.

Bonnie Spring, uma pesquisadora da Northwestern University, juntamente com seus colegas de várias outras universidades, deu para mais de 200 adultos com parcos hábitos nutricionais e vida sedentária, Palm Pilots carregados com um software nutricional e ferramentas para monitoramento de consumo de comida.

Usando o software e acelerômetro Nutribase da CyberSoft, que os pacientes usam para rastrear atividade física, os pesquisados monitoravam seus níveis de atividade juntamente com a entrada de gordura saturada, frutas e vegetais. Também recebiam por meio do telefone e e-mail treinamento e formas de melhorar a nutrição e hábitos de exercício.

A “terapia móvel” funcionou. Pacientes mais que triplicaram seu consumo diário de frutas e vegetais e seus hábitos sedentários diminuíram. Tais ferramentas móveis, podem ter um grande impacto em pacientes porque são como “extensões dos médicos”.

Devido ao pouco tempo que cada médico vê em média seus pacientes, é impossível fornecer o tipo de conselho detalhado de estilo de vida necessário para muitos dos pacientes com problemas relacionados à nutrição e obesidade. Prescrever essas intervenções móveis que têm base em pesquisa pode ter um impacto real em qualidade e custos do cuidado.

Fonte SaudeWeb

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