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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bactéria modificada produz anticorpo contra parasita causador da doença do sono

Pesquisa pode levar a tratamento mais eficaz contra doença transmitida pela picada da mosca tsé-tsé
 
Cientistas do Antwerp Institute of Tropical Medicine, na Bélgica, descobriram uma bactéria que, quando modificada em laboratório, é capaz de produzir anticorpos contra o parasita que causa a doença do sono.

A pesquisa pode levar a um novo e mais eficaz tratamento contra a doença causada por tripanossomas, parasitas transmitidos pela picada da mosca tsé-tsé.

A Organização Mundial de Saúde estima o número de mortes anuais pela doença entre 10 e 20 mil pessoas. Sem tratamento, a infecção é fatal.

Em uma fase avançada da doença, o chega ao cérebro e ultrapassa a barreira sangue-cérebro que impede a entrada da maioria das drogas. Compostos de arsênio podem ultrapassar a barreira e matar o parasita, mas também matam 5% dos pacientes.

Além do parasita, algumas estratégias também podem atacar seu vetor, a mosca tsé-tsé. Mas inseticidas podem ser prejudiciais para o meio ambiente, com certeza, a longo prazo. Por isso os cientistas procuram estratégias alternativas.

Pensando nisso, os pesquisadores focaram o estudo na bactéria sodalis glossinidius residente nas moscas tsé-tsé e que pode ser cultivada em laboratório.

Linda De Vooght e seus colegas modificaram geneticamente a bactéria de modo que ela produzisse, e excretasse, um tipo muito eficaz de anticorpo, denominado nanocorpo.

Eles identificaram duas vias secretoras diferentes que transportavam os nanocorpos para fora da bactéria. A pesquisa mostrou que a bactéria não foi prejudicada pela modificação, sendo assim, ela pode ser inserida novamente na mosca.

Utilizando antibióticos, De Vooght eliminou as bactérias selvagens das moscas tsé-tsé e substituiu pelas bactérias modificadas. Elas colonizaram as moscas com sucesso e começaram a produzir nanocorpos. Os nanocorpos também estavam presentes no intestino, onde o parasita da doença do sono também pode ser encontrado.

Segundo os pesquisadores, a técnica é viável, mas ainda necessita de algum desenvolvimento antes de poder ser utilizada para controlar a doença do sono na prática clínica.

Fonte isaude.net

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